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quinta-feira, 31 de julho de 2008

ROMERO JUCA (PMDB-RR), lider governo Lula no Senado


MPF denuncia Jucá por crime contra o sistema financeiro


BRASÍLIA - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por crime contra o sistema financeiro. Na denúncia, que tramita desde dezembro em segredo de justiça, Souza acusa Jucá de obter de forma fraudulenta, em 1996, um empréstimo de R$ 3,152 milhões do Banco da Amazônia (Basa) à empresa Frangonorte, da qual foi sócio.



Conforme a acusação, ele teria usado imóveis inexistentes como garantia para obtenção do empréstimo e desviado parte do dinheiro para cobrir despesas não-previstas no contrato. A Frangonorte faliu e a Procuradoria-Geral da República (PGR) alega que o negócio trouxe danos ao erário. Com as irregularidades, Jucá teria infringido os artigos 19 e 20 da Lei 7.492, de 1986, que embasa a denúncia. A pena para cada uma das irregularidades varia de 2 a 6 anos de prisão e pagamento de multa.



O líder do governo no Senado negou a acusação e a defesa dele pediu ao STF o arquivamento do processo. "É denúncia requentada sobre fatos exaustivamente esclarecidos", disse o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como o Kakai. Kakai afirmou que Jucá nada tem a ver com os fatos atribuídos a ele pelo Ministério Público Federal (MPF).



Segundo o advogado, o dinheiro da primeira parcela do financiamento, de R$ 750 mil em valores da época, "foi integralmente aplicado no abatedouro". Kakai afirmou também que, quando da liberação da parcela seguinte, no mesmo valor e também das demais, o líder do governo não estava mais na sociedade. A responsabilidade pelo suposto uso irregular de imóveis como garantia do negócio, conforme a defesa, seria, portanto, do ex-sócio no empreendimento, o ex-governador de Roraima Getúlio Cruz.



Prescrição



A defesa estuda também uma ação de prescrição do caso, uma vez que o processo completou 12 anos desde que foi movido, em junho de 1996. Os crimes prescrevem quando o tempo decorrido desde o cometimento passa do dobro da pena. Mas há um detalhe desfavorável a Jucá: como o crime teria sido praticado contra banco oficial, a pena poderia ser aumentada em um terço.



As supostas irregularidades levaram o líder a pedir demissão do Ministério da Previdência Social em 2005, depois de ficar apenas quatro meses no cargo. Na época, o ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, que pediu a abertura de inquérito, alegou que vistorias feitas para verificar a aplicação de uma parcela do empréstimo - de R$ 750 mil - mostraram que as unidades da Frangonorte para onde foi destinado o dinheiro estava prestes a fechar as portas.



Conforme os fiscais atestaram, não havia "um único frango" vivo na Frangonorte. Já a fábrica de ração, também financiada pelo Basa, estaria parada e sem estoque. "O abatedouro está parado, idem incubadora, câmaras, escritório, tudo desativado até esta data de 16.02.1996", descreveram os fiscais na vistoria feita em 1996.



No pedido para a abertura do inquérito, o procurador-geral da República relatava ainda que a Gerência de Negócios, Operações e Supervisão do Basa em Roraima encaminhou, em fevereiro de 1996, carta à Frangonorte exigindo explicações pelo abandono da atividade. Os advogados de Jucá repetem hoje os mesmos argumentos usados pelo senador em 2005, quando tentava se manter no cargo.

ROBERTO MANGABEIRA (PRB-RJ), ministro Assuntos Estratégicos governo Lula

Do site:
http://congressoemfoco.ig.com.br/Noticia.aspx?id=23498


As ligações perigosas de Mangabeira Unger


Relatório da Satiagraha mostra que ação do banqueiro Daniel Dantas na Amazônia pode ter recebido ajuda do ministro do governo


Mangabeira trabalhou para Dantas no passado e, agora, comanda plano na Amazônia, onde grupo do banqueiro mantém investimentos rurais


As investigações da Operação Satiagraha, da Polícia Federal (PF), têm demonstrado que as investidas do grupo Opportunity, do economista Daniel Dantas, na região Amazônica podem ter recebido uma ajuda de peso no governo federal. O relatório de inteligência nº 8/2008, produzido em maio pelo delegado Protógenes Queiroz, faz referências ao ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, como figura fundamental nos projetos de mineração e agronegócio – nova aposta de investimentos do grupo –, principalmente no Pará.
Dantas é apontado pela PF como mentor de um esquema bilionário de corrupção e movimentações financeiras irregulares, com participação, entre outros, do megainvestidor Naji Nahas e apoio político do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Nos últimos três anos, o grupo Opportunity, que é formado por cerca de 150 empresas, aplicou recursos na Amazônia que resultaram, só no Pará, em 600 mil hectares de terras adquiridas e cerca de meio milhão de cabeças de gado.
Eis o impasse: Mangabeira, que prestou consultoria jurídica entre 2002 e 2005 para a Brasil Telecom nos Estados Unidos, durante a gestão Dantas, é o responsável pelo Programa Amazônia Sustentável (PAS). O programa, entre outras metas, prevê estratégias que aliem a política de contenção do desmatamento ao desenvolvimento regional. É de se imaginar que a realização da tarefa seja algo complicado para Mangabeira quando se contrapõem os interesses de seu ex-chefe e o fator da proteção ambiental – tema de repercussão internacional e política prioritária de outro ministério, o do Meio Ambiente.

Antes de assumir a função no governo, em 2007, Mangabeira consultou a Comissão de Ética Pública da Presidência para saber se poderia compatibilizar suas funções junto ao grupo de Dantas com a de ministro. Ou seja, mais um elemento para Protógenes reforçar a tese de mútuo benefício entre o economista e Mangabeira, agora na esfera federal. Mas o colegiado disse não.


Máculas no ambiente

É aí que a questão fica mais espinhosa para Mangabeira. No início de maio, em uma reunião entre ele, o presidente Lula e a então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ficou definido que Mangabeira seria o responsável pela execução do PAS. Marina não teria gostado da idéia e, sentindo-se desprestigiada, pediu demissão dias depois – provavelmente contrariada não só com a transferência de atribuições, mas também com a suposta atuação de Mangabeira em prol dos interesses de expansão comercial na Amazônia.
“Foi o estopim. Quando o governo passou a autorização de uma tarefa que era dela [Marina] para o Mangabeira, ela se sentiu inferiorizada”, afirmou ao Congresso em Foco o senador Expedito Júnior (PR-RO). Ele acrescenta que a ministra implementava uma política de “ferro e fogo” no combate ao desmatamento na Amazônia, em detrimento da geração de empregos e da atividade de fazendeiros e madeireiros. Segundo Expedito, defensor do agronegócio, inclusive com retardamento na emissão de licenças ambientais para projetos de desenvolvimento.
Amigo e aliado político do governador de Rondônia, Ivo Cassol – com quem Marina tinha fortes divergências acerca da questão ecológica –, Expedito acha preocupante a relação do ministro Mangabeira, à frente do PAS, com um empresário cujo novo nicho de investimento pode significar ainda mais problemas ambientais e fundiários para a região.
“Eu vejo isso com muita preocupação. Essa aproximação [entre Mangabeira e Dantas] nos dá a oportunidade de discutir a questão do capital estrangeiro e o domínio das terras amazônicas”, continuou o senador, alegando que o grande problema da região é a ação dos pequenos produtores e a invasão de terras.
“Há uma certa conivência de alguns setores do governo para facilitar os pequenos produtores, como o Opportunity”, completou Expedito, referindo-se às atividades da Agropecuária Santa Bárbara, que pertence ao grupo de Dantas, no Pará. “Quantas campanhas o grupo Opportunity financiou? Como não posso desconfiar de que era um grande acordo para facilitar a concessão de terras para um determinado grupo? O que será que está por trás disso? Se for investigar a fundo, com certeza vai descobrir”, questionou Expedito.
Não por coincidência, na última segunda-feira (28) Mangabeira compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para uma “visita de cortesia” ao presidente da corte, ministro Gilmar Mendes, como informou a assessoria de imprensa. Mendes foi o autor dos habeas corpus que livraram da cadeia Daniel Dantas, Naji Nahas e Celso Pitta, logo após as primeiras prisões da Satiagraha. Citado no inquérito da PF, para quem ele “atuou como trustee nos EUA, defendendo os interesses do Opportunity", Mangabeira não quis comentar o caso com a imprensa.

Relatório-devassa

Em trecho de seu relatório final de 7 mil páginas, com cerca de uma tonelada de material investigativo, o delegado Protógenes Queiroz aponta que, “ao que tudo indica, Mangabeira estrategicamente favorecia a política de expansão do Norte do país buscada por Dantas”. Segundo ele, Mangabeira funcionava com uma fonte privilegiada de “informações estratégicas” no governo federal, auxiliando o grupo Opportunity nos setores do agronegócio e da mineração.
No relatório, o delegado também transcreve diversas trocas de mensagens de correio eletrônico entre Verônica Dantas e outros dirigentes e funcionários de empresas do grupo, nas quais acertam-se ordens de pagamento de valores diversos, numa movimentação financeira que Protógenes define como suspeita de várias irregularidades, entre elas “contabilidade paralela”.
Em uma das mensagens, a ordem de pagamento chega a R$ 672 mil. “O que chama a atenção ao citado e-mail é o elevado valor referente a um pagamento semanal (de 11/09/2007 a 17/09/2007), para uma microempresa cujo trabalho desenvolvido é a criação de gado bovino”, diz trecho do documento.
Em outra mensagem, funcionários da Santa Bárbara acertam a compra da Fazenda Promissão, no Pará, no valor de R$ 7,500 milhões, com sinal de R$ 3 milhões e o restante em três parcelas anuais de R$ 1,5 milhão.
Os milhões envolvidos no negócio despertaram a suspeita de Protógenes. “Por fim, falam também na compra de outra fazenda, de nome Caracol III, no valor de R$ 3.895.000,00 (três milhões oitocentos e noventa e cinco mil reais).”

Turma do Mangabeira

Na análise nº 7 do relatório, Protógenes é especialmente contundente na observação de uma negociata entre o Opportunity e um funcionário do provedor de internet IG, que teria evidenciado faturamentos “desconexos”. “(...) ao que tudo indica estão sendo faturadas empresas que não seriam exatamente as responsáveis pelos gastos, apesar dos [sic] valores não serem relevantes, demonstra a prática corporativa suja e provavelmente utilizada de forma recorrente em outras diversas empresas do grupo e com outros valores”.
Afastado da Satiagraha para fazer um curso de aperfeiçoamento na Academia Nacional de Polícia, em Brasília, Protógenes destacou também uma série de diálogos telefônicos em que o nome de Mangabeira é mencionado. Em um deles, o publicitário Guilherme Sodré, suposto lobista de Dantas, consulta o dono do Opportunity acerca da segurança no envio de um fax da “turma do Mangabeira”. Isso levou a PF a inferir, embora sem evidências, que o conteúdo do documento teve origem no Núcleo de Assuntos Estratégicos, podendo ter sido inclusive redigido pelo próprio ministro.
Em outra escuta telefônica, o braço-direito de Dantas e ex-presidente da Brasil Telecom, Humberto José da Rocha Braz – preso até hoje por tentativa de suborno dos delegados da PF – e o advogado do Opportunity e ex-deputado petista, Luiz Eduardo Greenhalgh, levantam a possibilidade de “extrair coisas” de Mangabeira.
A assessoria do ministro nega. Diz que nenhum representante de Dantas foi recebido na Secretaria de Assuntos Estratégicos. Humberto Braz e Greenhalgh são apontados pela PF como lobistas de Dantas.

Trustee erudito

As relações profissionais entre o economista Daniel Dantas e o filósofo Mangabeira Unger coincidem com o período em que o ministro passou a exercer função de destaque no governo federal.
Mangabeira foi trustee (procurador, numa tradução aproximada)da empresa de telefonia entre 2006 e 2007, tendo sido nomeado em junho do ano passado para trabalhar no governo federal.
Esse período é também coincidente com a época em que parte considerável dos investimentos do grupo Opportunity foi executada na Amazônia. Antes disso, segundo auditoria interna realizada em 2005 pelos novos controladores da Brasil Telecom, Mangabeira já havia embolsado algo em torno de US$ 2 milhões pelo trabalho feito para a empresa, nos anos em que atuou como advogado da telefônica nos EUA.
Ao Congresso em Foco, a assessoria de Mangabeira informou que o ministro apenas administrava um fundo de US$ 2 milhões da Brasil Telecom nos EUA, durante a gestão de Daniel Dantas. Contudo, ao encerrar suas atividades de trustee para tomar posse como ministro do governo federal, ele teria devolvido o montante à empresa telefônica. Logo, garante a assessoria, o delegado Protógenes Queiroz apenas lança ilações em seu relatório, sem apresentar nenhum elemento concreto sobre a suposta atuação do governo em benefício de grandes grupos.
Quanto à suposta intervenção de Mangabeira junto aos interesses amazônicos do grupo Opportunity, a assessoria disse que o ministro teve apenas uma relação “profissional” com Dantas. A postura do ministro à frente do Amazônia Sustentável, acrescentaram os assessores, tem sido inclusive publicamente contrária à pecuária extensiva e aos grandes latifúndios. A assessoria afirma que Mangabeira tem defendido uma regulamentação fundiária na região, devido à “insegurança jurídica” verificada por lá.

Já a assessoria do banco Opportunity negou as suspeitas da PF, alegando não conseguir entender "como o trabalho de trustee realizado em 2005 tem a ver com com os trabalhos do Opportunity em 2008”. A assessoria disse ainda à reportagem que não poderia responder baseada em “ilações”.


Terra de alguém


Na última sexta-feira (25), cerca de mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) invadiram a Fazenda Maria Bonita, uma das propriedades de Dantas no Pará no município de Xinguara. A região é palco de graves problemas fundiários. A fazenda fica a cerca de 25 quilômetros de Eldorado dos Carajás, onde, há 12 anos, um conflito com a Polícia Militar levou à morte 19 trabalhadores sem-terra.

O MST diz que a fazenda invadida está localizada em terras públicas e foi ilegalmente obtida, em 2005, pela Agropecuária Santa Bárbara Xinguara S/A, que tem como diretora a irmã de Daniel Dantas, Verônica Dantas. O movimento explica ainda que o Instituto de Terras do Pará (Iterpa) confirma que a terra pertence à União – logo, sua comercialização é proibida. E sinaliza que pode vir a ocupar outras terras do economista: as fazendas Cedro e Espírito Santo, ambas no Pará, que também seriam públicas e irregularmente adquiridas.

Alegando a lentidão, por parte do governo federal, no processo de criação de assentamentos e da própria Reforma Agrária, o MST sinaliza que novas propriedades de Dantas podem ser invadidas. “Lugar de ladrão é na cadeia e as terras públicas são para a Reforma Agrária”, enfatizou Ulisses Manacas, membro da diretoria do MST no Pará. A escolha da data da primeira invasão não foi à toa: 25 de julho é Dia do Trabalhador Rural.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

COCA-COLA: O QUE NAO SE SABE...


Download livro Por Deus, pela patria e pela Coca-Cola de Mark Pendergrast

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Download laudo do Instituto Nacional de Criminalistica da PF n° 2470/2005 atestando presença de cocaina na materia-prima do extrato vegetal (extrato utilizado para fazer o refrigerante - também conhecido como "mercadoria n° 5") e respondendo a 8 perguntas do deputado federal do Rio de Janeiro Sr Renato Cozzolino.

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Coca não pode ser legal só para Coca-Cola, diz Evo Morales

da BBC Brasil


O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, disse em uma entrevista exclusiva à BBC que é preciso "revalorizar" a folha de coca e acusou a multinacional americana Coca-Cola de comprar o produto, apesar de agricultores da região andina do país não terem autorização de exportar a folha.

Morales insiste que a empresa compra a coca, apesar das informações de que o produto saiu da fórmula do refrigerante em 1929.

"Se já retiraram esse ingrediente da Coca-Cola, então por que seguem comprando?", questionou, em entrevista a Luis Fernando Restrepo, da BBC Mundo. "Não é possível que a coca seja legal para a Coca-Cola e ilegal para a comunidade andina. É preciso revalorizar a folha."

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u49246.shtml

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Apesar de a Coca-Cola Company negar há muito tempo, a agência anti-drogas peruana, DEVIDA, disse que a companhia compra 115 toneladas de folha de coca do Peru e 105 toneladas da Bolivia por ano, para usar como ingrediente em sua fórmula secreta.


Maiores informaçoes: http://www.narconews.com/Issue35/articulo1159.html (espanhol)

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Pequena fabricante de bebidas grava ex-diretor da Coca-Cola. E ele conta como exterminava rivais. O Cade já tem as fitas


Do site: Istoé Dinheiro
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/315/negocios/315_caso_dolly.htm


Na semana passada, a disputa de mercado entre os refrigerantes Coca-Cola e Dolly transbordou as gôndolas dos supermercados e virou caso de polícia. Laerte Codonho, proprietário da Ragi Refrigerantes, fabricante do Dolly, entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Secretaria de Direito Econômico (SDE) uma fita de vídeo em que o ex-executivo da Coca-Cola Luís Eduardo Capistrano do Amaral admite ter participado de um esquema orquestrado pela multinacional para tirar a Dolly do mercado. São mais de 30 horas de gravação, feitas no escritório de Codonho em São Paulo, sem que Capistrano soubesse. Com base nesse material, o dono da Dolly acusa a Coca-Cola de abuso de poder econômico, concorrência desleal, espionagem industrial, corrupção e ameaça de morte. “A minha intenção é que venham a público os métodos usados pela Coca-Cola”, diz Codonho, que não descarta um pedido de indenização. “Nossas vendas caíram mais de 50% entre 2000 e 2002 por causa desse esquema.” Um esquema que tem desdobramentos mais nebulosos do que os noticiados até agora. DINHEIRO teve acesso com exclusividade a trechos inéditos da fita, nos quais Capistrano relata o envolvimento de órgãos importantes da estrutura do poder na “missão” que ele classifica como “AS, Ação de Sacanagem”.

A MISSÃO


Até 2001, Capistrano foi diretor de compras estratégicas da paulista Panamco, a maior engarrafadora da Coca-Cola do País e que tem participação da própria multinacional. Na fita, ele diz ter agido sob orientação de Jorge Giganti, ex-presidente da Coca-Cola Brasil (entre 1985 e 1991) e da Panamco (até 2001). Sua incumbência era recuperar a participação de mercado perdida para os fabricantes menores, conhecidos como “tubaineiros”.

Capistrano – (...) Eu tinha uma missão que foi dada pelo presidente, o Giganti. (...) A missão era tirar você do mercado. (...) Se você batesse só na Fanta, no Kuat. Mas o problema é que num determinado momento há uma análise de que a Dolly está tirando cliente da Cola, Coca-Cola. (...) No México não tem concorrência.

Codonho – Por quê?

Capistrano – Liquida, mata as pessoas todas.

Codonho – Não, não brinca não, mas mata fisicamente também?

Capistrano – Fisicamente, se for necessário.

A ESTRATÉGIA

Na conversa gravada, Capistrano explica que uma das estratégias
era pressionar fornecedores para que eles parassem de entregar matéria-prima (garrafas PET, por exemplo) à Dolly. Teoricamente, a Coca-Cola teria esse poder porque é grande compradora desses mesmos fornecedores e poderia deixar de ser caso eles não colaborassem.

Capistrano – Bastavam dois meses com a
matéria-prima controlada, limitada. Já é o suficiente para destruir a participação das menores no mercado.


Mas esse não era o único método. Em outro trecho da fita, Capistrano diz que a estratégia também envolve a Receita Federal e o Ministério Público. E afirma que o dinheiro para corromper pessoas nesses órgãos sai do caixa 2 dos franqueados da Coca-Cola. O problema, segundo Codonho, é que os franqueados não estavam querendo colaborar liberando o dinheiro da propina. Isso porque alguns deles estão em pé de guerra com a multinacional. “Eles são obrigados a praticar pequenas margens de lucro só para enfrentar o avanço das marcas menores”, explica o empresário. Nenhum franqueado confirma a tese. Na fita, Capistrano detalha os seus focos de atuação e cita o problema com os franqueados.

Capistrano – A estratégia tinha vários pontos: era com fornecedores, com Receita Federal, com Ministério Público. (...) A ação da Justiça é lenta, demorada. A Coca-Cola tem inclusive muita dificuldade de fazer os pagamentos.

Codonho – Como assim?

Capistrano – (...) A relação com os franqueados era muito complicada. Quem você acha que tem dinheiro livre no mercado? (...) Se você (os franqueados) está em briga com a Coca-Cola, está tendo prejuízo todo mês e não consegue pagar a conta dela, você ainda acha que vai investir todo o seu caixa 2 para beneficiar a Coca-Cola?


Sylvia Masini
Briga: Jorge Giganti nega acusações e promete processar todos acusadores

A PRESSÃO NA JUSTIÇA

Codonho diz que em abril de 2002 começou a sofrer perseguição por parte do Ministério Público Federal de São Bernardo do Campo. “Um procurador chamado Márcio Schusterschitz apresentou quatro ações contra a Dolly. Numa delas, pedia o fechamento da empresa por sonegação fiscal”, afirma o empresário, completando que as acusações não têm fundamento e por isso denunciou Schusterschitz à Corregedoria do Ministério Público. No dia 16 de junho, o procurador pediu afastamento do processo, alegando “razões de foro íntimo”. “A Dolly, em vez de apresentar defesa, partiu para o ataque contra a minha pessoa. Para evitar que essa suspeita desviasse a discussão eu pedi suspeição”, afirmou o procurador à DINHEIRO. Schusterschitz, porém, admitiu “não estar convencido” de que a Dolly sonegasse impostos. E quando questionado pela reportagem se manteve contato com Capistrano ou Giganti, respondeu: “Eu acho que não”. Na gravação da conversa entre Codonho e Capistrano, há detalhes de como funcionava o esquema de pressão no Judiciário.

Capistrano – Não era só comprar. Contratava-se aquele lobista, aquele outro, que são gente que tem uma missão clara de ir lá e encher o saco todo dia. (...) A Coca-Cola tinha advogados contratados, lobistas contratados para cuidar disso junto ao Ministério Público.

Até quinta-feira 4 à noite, Capistrano não havia retornado os recados deixados por DINHEIRO em sua casa e em seu celular. Mas em entrevista ao jornal Valor Econômico admitiu que esteve conversando com Laerte Codonho, atraído por uma proposta de emprego. Jorge Giganti também não quis se pronunciar. Divulgou um comunicado no qual afirma: “Tais acusações são (...) incompatíveis com a minha trajetória profissional, a qual foi sempre pautada por princípios éticos e morais”. Os responsáveis pela Panamco, que em janeiro último foi comprada pela mexicana Femsa por US$ 2,5 bilhões, também não quiseram falar. E a Coca-Cola emitiu um comunicado dizendo estar examinando “o teor das acusações para adotar as medidas judiciais cabíveis”.

domingo, 27 de julho de 2008

JADER BARBALHO (PMDB-PA), deputado federal


U tristesa... a cara i u "curriculum" abaicho dispençam comentarios... purque noso paiz elegi essis tipu? Serà que se dentro do plano polìtico do paìs tivesse espaço para escolas e educaçao esses vigaristas seriam eleitos?

Acredito que nossa classe polìtica, ao contràrio do que diz a opiniao pùblica e a maioria dos jornalistas, é muito capaz e competente, afinal consegue deixar um paìs com 200 milhoes de pessoas, com vastas possibilidades e recursos a merce de direçao e sob o seu domìnio (e de seus descendentes) por décadas....


fonte: http://www.excelencias.org.br/@casa.php?cs=1
(selecionar seu nome na caixa "parlamentar")


STF Ação Penal Nº339/2003 - Crime contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas.

STF Ação Penal Nº397/2005 - Crime contra a fé pública, falsidade ideológica, corrupção, quadrilha, estelionato, lavagem e outras fraudes.

STF Ação Penal Nº398/2005 - Crime contra a administração pública, peculato. Corre em segredo de Justiça.

STF Inquérito Nº2051/2003 - Crime contra a administração pública, desvio de verbas, organização criminosa. Corre em segredo de Justiça. É o caso Sudam.

STF Inquérito Nº2052/2003 - Crime contra a administração pública, peculato.

STF Ação Penal Nº336/2004 - Crime contra a administração pública, desvio de verbas, organização criminosa - lavagem de dinheiro. A ação investiga o caso Sudam.

STF Ação Penal Nº374/2004 - Crime contra a administração pública, desvio de verbas, organização criminosa - lavagem de dinheiro.

TRF 1ª Região - 2ª Vara Federal de Tocantins - Ação Civil Pública Nº 2007.43.00.003001-9 - Teve bens bloqueados por ação de dano ao erário, relacionada ao caso Sudam.


O STF acatou denúncia contra o deputado por envolvimento em um esquema de desvios do Banco do Estado do Pará (Banpará), entre 1984 e 1985, durante sua gestão como governador do Estado. Barbalho teria sido beneficiário de mais de R$ 900 mil, segundo a acusação. Os outros envolvidos foram denunciados à Justiça comum pelo Ministério Público Estadual (O Globo, 22.nov.2004, 2.dez.2004; O Liberal, 11.jan.2005, 22.jan.2006; Diário do Pará, 2.set.2005).

Responde a uma ação penal e a um inquérito no STF pela acusação de envolvimento com o esquema de fraudes na Sudam, que teria desviado cerca de R$ 1,7 bilhão (O Globo, 1.jul.2007).

A seu pedido, o governo federal teria ordenado a devolução de contratos de renovação da concessão de 225 emissoras de rádio e TV, entre as quais as que detém, pois tais contratos corriam o risco de rejeição pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados (Folha de S.Paulo, 3.jul.2006).

Foi investigado por acusações de irregularidades fiscais na Rede Brasil Amazônia de Televisão, da qual é sócio (Folha de S.Paulo, 13.mai.2005).

Responde a ação civil pública na Justiça Federal de Brasília, em virtude da transferência irregular da concessão de radiodifusão da RBA para o Sistema Clube do Pará de Comunicação, do qual Barbalho também é sócio (O Liberal, 18.jul.2007).

ALCEU MOREIRA DA SILVA (PMDB-RS), deputado estadual RS


O "homem" é forte; tem nada menos que 4 processos no STJ e TSE... e em 2006 foi REELEITO deputado estadual... (é de chorar!!! Depois reclamam. Dai me pergunto: A culpa é de quem?)

Jà tive o desprazer de almoçar, em compagnia do meu ex-colega de CEEE Fabio de Oliveira, no mesmo restaurante que ele em Osòrio , mas tive o prazer de negar o aperto de mao sìnico que oferecia a todos!!!


fonte: http://www.excelencias.org.br/@casa.php?cs=23 (selecionar seu nome na caixa "parlamentar")

ou digitar seu nome na caixa "nome da parte" no site do Superior Tribunal de Justiça
http://www.stj.gov.br/webstj/Processo/Justica/default.asp



STJ Recurso Especial Nº949504/2007 - É recorrente numa ação civil pública por improbidade administrativa.

STJ Recurso Especial Nº926046/2006 - É recorrente numa ação civil pública por improbidade administrativa.

TSE Recurso Ordinário Nº1366/2007 - Conduta vedada a agente público (uso da máquina administrativa).

TSE Recurso Especial Eleitoral Nº27936/2007 - Conduta vedada a agente público (uso da máquina administrativa).

IBM enriquece com o nazismo



Do site da Universidade Federal de Santa Catarina (pagina do professor doutor em direito José Rover Aires)

http://www.infojur.ufsc.br/aires/arquivos/resumoIBMHolocasto.htm



Resumo do livro

IBM E O HOLOCAUSTO

Edwin BLACK, Campus, 2001


Aluno: Douglas Nascimento Rechia

Disciplina CPGD: Direito, Informática e Sociedade.

Prof. Aires J Rover



Introdução


O objetivo do livro concentra-se em expor a história da participação consciente da IBM no holocausto. A IBM contribuiu com a organização maciça da informação, sem a qual, segundo o autor, não haveria holocausto.

O papel da IBM nos planos de Hitler era catalogar e identificar os judeus e os grupos indesejáveis que viviam na Alemanha. Ansiosa pelo lucro, a IBM deixou-se dominar por um mantra corporativo amoral: se pode ser feito, deve ser feito.

A IBM, com sua tecnologia de cartões perfurados, organizava e classificava a informação de acordo com as pesquisas encomendadas pelo mais alto escalão do Reich. As informações eram utilizadas para os mais variados propósitos: distribuição de alimentos de modo a matar de fome os judeus; identificar, rastrear e gerenciar a mão-de-obra escrava; controlar a circulação de trens para a catalogação de carga humana, etc. As máquinas que confeccionavam os cartões não eram vendidas, mas alugadas, sujeitas à manutenção e atualização constante da IBM.

O autor é filho de sobreviventes poloneses do holocausto. Sua motivação pela pesquisa veio com a curiosidade sobre uma máquina IBM Hollerith D-11 em exposição no Museu do Holocausto em Washington, EUA. “A não ser que compreendamos como os nazistas adquiriram os nomes dos judeus, novas listas serão compostas, com outras pessoas”. “Apenas mediante a exposição e análise do que realmente ocorreu, o mundo da tecnologia finalmente terá condições de professar o mote bem conhecido: nunca mais”.


Pessoas numeradas


Em cada campo de concentração, os prisioneiros eram identificados por meio de cartões Hollerith descritivos, cada um com colunas perfuradas, detalhando nacionalidade, data de nascimento, estado civil, quantidade de filhos, motivo do encarceramento, características físicas e habilidades profissionais. As colunas 3 e 4 reuniam categorias de prisioneiros, dependendo dos orifícios: orifício 3 significava homossexual; 9 anti-social; 12, cigano; 8, judeu. Listas impressas com base nos cartões relacionavam os prisioneiros por códigos numéricos pessoais. Coluna 34: “razão de partida” – morte natural (código 3), execução (código 4), suicídio (código 5), “tratamento especial” (extermínio em câmara de gás, enforcamento ou fuzilamento) (código 6)

Para descobrir o perfil ocupacional de um grupo, a classificadora mecânica era abastecida com o cartão de cada interno. Em seguida, ajustava-se o controle para a identificação das profissões, habilidades, faixa etária o conhecimento de idiomas necessários. Os nomes apareciam em listagens impressas pela Hollerith para transporte aos subcampos, fábricas e até fazendas locais.


A interseção IBM-Hitler


Como nasceu a IBM. O fundador da Tabulating Machine Company (como se chamava a IBM) foi Herman Hollerith, alemão criado pela mãe em Buffalo, Nova Iorque. Aos 19 anos, depois de formado em engenharia pela Columbia School of Mines, Hollerith foi convidado para trabalhar como assistente no U.S. Census Bureau. Foi com a brincadeira de um chefe que Hollerith teve a idéia de criar um cartão perfurado onde cada orifício do cartão representasse uma característica da pessoa: sexo, nacionalidade, ocupação, etc. O sistema de leitura de cartões inventado por Hollerith tinha condições de fornecer respostas sobre o censo dos EUA a 235 perguntas; de repente, o governo tinha condições de traçar o perfil de sua própria população. Este invento economizou US$ 5 milhões nos gastos do governo com o censo.

Hollerith decidiu alugar ao invés de vender as máquinas. Órgãos governamentais da Rússia, Itália, Inglaterra, França, Áustria e Alemanha eram seus clientes. Ele tinha nas mãos todas estas nações. “Os governos eram apenas clientes, clientes a serem controlados”.

Depois de um enorme contrato com a Rússia, em fins de 1896, Hollerith constituiu sua empresa, instalando sua sede em Georgetown, Washington, D.C., com o nome de Tabulating Machine Company.

Depois de fraudar várias vezes o governo americano e o seu maior cliente (a Census Bureau) e de perder mercado para o concorrente, Hollerith decidiu se aposentar e vender sua empresa para Charles Flint, comerciante de commodities internacionais (armas, inclusive). Flint comprou a Tabulating Machine Company para integrá-la em seus negócios. Suas companhias levaram o nome de CTR – Computing-Tabulating-Recording. James Watson, destacado vendedor da NCR (empresa vendedora de caixas-registradoras) foi contratado por Flint para ser gerente geral de vendas da CTR.

Depois da morte de um dos mais importantes diretores da CTR, Fairchild, e do afastamento de Hollerith do conselho de administração da CTR (Hollerith ainda prestava consultoria à CTR), James Watson tornou-se o principal executivo e autoridade da CTR. Decidiu re-batizar a empresa com o nome IBM – International Business Machines – um nome que, segundo ele, era o epítome do significado de seu empreendimento. A promessa de Watson a todos foi: “A IBM é mais do que uma empresa – é uma grande instituição mundial que durará para sempre.” Espírito IBM era o termo de Watson para a quase tribal devoção à empresa que ele exigia.

Em 1922, Watson comprou 90% das ações da Dehomag, uma licenciada de máquinas e equipamentos Hollerith na Alemanha, fundada por Willy Heidegger. Heidegger vendeu sua empresa à IBM dos EUA quando a Alemanha entrava no caos e a Dehomag afundava-se em dívidas. (na verdade Watson “forçou” a venda usando meios escusos)

Várias subsidiárias foram instaladas em outros países levando o nome Watson: Watson Belge (Bélgica), Watson Italiana (Itália), Svenska Watson (Suécia), etc. As denominações Watson e IBM eram inseparáveis.

Em 1933 a Dehomag detia mais da metade da receita da IBM em todo o mundo, já com mais de 70 subsidiárias em outros países.

A interseção IBM-Hitler. Em janeiro de 1933, Hitler ascende ao poder. Em março daquele ano, o primeiro campo de concentração foi construído em Dachau, seguido de muitos outros. Em abril de 1933, 60.000 judeus foram aprisionados e outros 10.000 fugiram para outros países.

Manifestações em todo o mundo pressionavam para que ninguém mantivesse relações comerciais com Hitler. Como a filial alemã tinha o nome de Dehomag (que não lembrava o nome IBM ou Watson) e as máquinas Hollerith não eram conhecidas do público em geral, o risco de Watson negociar com Hitler era baixo. Os lucros, por outro lado, seriam enormes. O dilema moral não existia para a IBM. Isto nem foi assunto de discussão.


Identificando os judeus


O censo da Prússia. O advogado da Dehomag, Karl Koch, com seus contatos governamentais, fechou um contrato com o governo Alemão para fazer o censo da Prússia, o estado da Alemanha em que moravam 3/5 da população do país.

Cursos de treinamento foram ministrados pela Dehomag para trabalhadores contratados temporariamente (vindos da Frente de Trabalho Alemã – uma agência de empregos). O treinamento incluía aprender a levantar e registrar detalhes pessoais vitais, operar as máquinas de classificação, tabulação e verificação, além de outras tarefas de processamento de dados.

Em junho de 1933, 500.000 recenseadores recrutados com “mentalidade nacionalista” partiram para a jornada de porta em porta em busca de informações. Em algumas localidades, quando o recrutamento era insatisfatório, as pessoas eram arregimentadas à força. As entrevistas abrangiam perguntas diretas sobre a religião do chefe da família e se no caso o casamento era misto.

Em setembro de 1933, 6000 caixas de cartões pardos começaram a chegar no complexo censitário de Alexanderplatz, em Berlim. A perfuração rápida funcionava em dois ou três turnos. Cada turno durava 7,5 horas. Dia e noite os funcionários digitavam as informações sobre os 41 milhões de prussianos, à velocidade de 150 cartões por hora. A Dehomag fixou a cota de produção de 450.000 cartões por dia.

Depois de perfurados, os cartões passavam por uma contadora à velocidade de 24000 cartões por hora. A seguir, uma “testadora” verificava se os furos estavam corretos, à uma velocidade de 15000 cartões por hora. Um “cartão de contagem de judeus” era produzido à parte. A classificação de cartões já podia ser feita.

Um resumo do Escritório Estatístico do Reich relatava: “A maior concentração de judeus em Berlim encontra-se no distrito de Wilmersdorf. Aproximadamente 26.000 judeus praticantes, que respondem por 13,54% da população local”. E mais: um total de 1.200 “judeus de peles” perfaziam 5,28% do comércio peleiro, e quase ¾ deles são de origem estrangeira. Com base na descendência de emigração, desencadeada pela perseguição anti-semita, “apenas 415.000 a 425.000 judeus de fé permaneciam no Reich alemão em meados de 1936”.

A expansão da Dehomag. Watson, em viagem à Alemanha, firmou um acordo verbal com Heidegger concedendo à Dehomag poderes comerciais especiais fora da Alemanha. Agora, a Dehomag teria permissão para suplantar todas as subsidiárias da IBM na Europa. Isto significava o acesso às principais empresas estrangeiras, às ferrovias estatais estrangeiras e a órgãos governamentais estrangeiros em toda a Europa. As subsidiárias de Bruxelas, Paris e Varsóvia continuariam existindo, mas a Dehomag nazista podia usurpar seus clientes.

Empresas estrangeiras eram consideradas inimigas do estado alemão. Embora uma rede de entidades judaicas e anti-nazistas se empenhassem em organizar listas de empresas que faziam negócios com a Alemanha, A IBM e Watson não foram identificados. Com a fabricação de máquinas em Berlim, a Alemanha importava poucos equipamentos dos EUA, reduzindo as suspeitas.

Os escritórios da IBM em Paris e Genebra eram os olhos e os ouvidos da IBM em Nova Iorque na Europa. Serviam como elo para intercâmbio de instruções, remessa de lucros e apoio às atividades tecnológicas da Dehomag.


A aliança IBM-Nazismo


Embora se odiassem, Watson e Heidegger tinham que cooperar para que as coisas funcionassem. A Dehomag podia ser considerada uma empresa controlada por capitais americanos, subsidiária da IBM ou a Dehomag exercia o papel de leal empresa alemã, ariana, batizada com o sangue da ideologia nazista. Heidegger e Watson estavam dispostos a erguer qualquer uma das bandeiras, conforme as necessidades.

Heidegger foi quem procurou o patrocínio da hierarquia do Partido Nazista. Heidegger tomou todas as providências, respondendo a questionários “incômodos” (que “provavam” que a Dehomag era uma empresa alemã puramente ariana) e fazendo todo o contato possível para que a aliança da Dehomag com o Nazismo se consolidasse. Heidegger conseguiu, e a IBM de Nova Iorque concordou, visto que isso garantiria mais contratos com o governo alemão.

Em 8 de janeiro de 1934, foi inaugurada a nova fábrica da IBM em Lichterfelde, em Berlim. Na cerimônia, estavam presentes os “graúdos” do nazismo, representando as organizações mais importantes para a parceria da IBM com o terceiro Reich. Entre os presentes, estavam Rudolf Schmeer, representante do líder da organização, A. Görlitzer, o representante da AS (Milicianos Nazistas, a facção mais violenta de Hitler), diretores de instituições financeiras e representantes da polícia, correios, Ministério da defesa, do escritório estatístico do Reich e um contingente da Ferrovia Alemã.

Tanto para a IBM como para a Dehomag, aquele era um dia extraordinário de comunhão nazista. Agora, não havia retorno. A IBM e o partido nazista haviam se amalgamado. A Dehomag era o provedor oficial de informações do terceiro Reich.

Estudos das raças. Impulsionados pela tecnologia Hollerith, a SS criou o Escritório Central para Raça e Assentamento. Este escritório mantinha um cadastro de estrangeiros, isto é, judeus e não-arianos. Algumas questões de estudo dos cientistas nazistas do Escritório Central para Raça e Assentamento eram: até onde remontar a genealogia judaica? Até os avós? Quatro gerações? Até o ano 1800? Por fim, decidiram adotar uma “fórmula matemática bizarra”: classificar os judeus em judeu pleno, meio judeu, um quarto judeu, etc.

Com essas repartições, as listas anti-raciais começaram a se espalhar: nas delegacias, birôs de emprego, associações profissionais, organizações religiosas, locais do partido nazista, etc. Com esta lista, os nazistas queriam uma raça dominante, eliminando os elementos mais frágeis: os mentalmente enfermos, doentes, incapazes e homossexuais, ciganos e “anti-sociais”. Rapidamente, a idéia da esterilização expandiu-se também para os socialmente indesejáveis.

Lei de Simplificação do Sistema de Saúde: os médicos deviam preencher formulários relatando as condições físicas de cada paciente. Estas informações eram processadas pelas máquinas Hollerith.

Lei para prevenção de prole com doença genética: os teóricos desenvolveram uma mixórdia de preceitos, dizendo quais linhagens deviam ser liquidadas. Os insanos, retardados, epilépticos, maníaco-depressivos estavam incluídos.

Resultados. Em 1934, o primeiro ano do programa de esterilização, mais de 84600 casos submetidos às cortes de saúde genética resultaram em mais de 62400 esterilizações compulsórias. Em 1935, 88100 julgamentos renderam em 71700 esterilizações.

Os lucros da IBM causavam problemas. Em 1933, a empresa auferiu lucro de US$ 1 milhão enquanto toda a indústria alemão sofria o boicote internacional antinazista. Heidegger tinha fortes argumentos para enfrentar Watson. Ele é quem resolvia os problemas com o Reich.


Medalha nazista para Watson


Dia do partido: 15 de setembro de 1935 – o clímax de uma semana de “coreografias nazistas”. Discursos anti-semitas de Hitler citavam o verdadeiro número de judeus apontados pelas máquinas IBM: 2 milhões.

Em 13 de setembro de 1935, Hitler exigiu a promulgação de uma Lei e um decreto em 48 horas – A Lei para proteção do sangue alemão e o decreto Lei de Cidadania do Reich. Estas leis privavam os judeus da cidadania alemã e usavam explicitamente o termo judeu ao invés de não-ariano. As leis se aplicavam aos judeus plenos, ½ judeus e ¼ judeus.

Expansão da IBM e aumento dos lucros. O lucro líquido da IBM nos 6 primeiros meses de 1934 era de US$ 3,4 milhões. As exportações (da IBM EUA) aumentaram 35% sobre o mesmo período do ano anterior. Watson se tornou o “homem de mil dólares por dia”. Aumentos salariais para todos os funcionários de 37%, beneficiando 7000 empregados. Watson recebia bônus de 5% dos lucros da IBM em todo o mundo. Com o contrato da IBM com a previdência social dos Estados Unidos e a invenção do “intercalador” – máquina capaz de estabelecer comparações e referências cruzadas entre dois conjuntos de registros – o lucro da empresa aumentou 6x.

Resultados da perseguição alemã: em fins de 1935, mais de 125.000 pessoas haviam fugido da Alemanha.

Em 24 de junho de 1937, Watson foi homenageado na reunião do ICC (Câmara do Comércio Internacional, organização criada pela Liga das Nações para promover o comércio mundial e estudar tratados internacionais). Watson foi homenageado com vinhos e toda espécie de honrarias. Hitler estava presente e participou. Watson foi condecorado com uma medalha encrustada com águias alemãs e emblemas nazistas.


Cartões de guerra


Em 13 de maio de 1938, a Áustria é anexada ao terceiro Reich, formando a Grande Alemanha. A Dehomag, é claro, ficou responsável por fazer um novo censo em toda a grande Alemanha, de 73 milhões de habitantes. Com precisão aterradora, os alemães sabiam quem era judeu na Áustria. Os judeus na Áustria receberam cruel tratamento dos nazistas, sendo expulsos de suas propriedades. Na “noite do vidro quebrado”, em 10 de novembro de 1938, todas as propriedades dos judeus foram destruídas e incendiadas.

“Paz mundial por meio do comércio internacional” era o chavão de Watson para explicar suas relações com a Alemanha. A falta de boa vontade dos americanos para com o nazismo dificultava as coisas para Watson.

O recenseamento continuava, apesar das restrições ainda mais fortes que o governo alemão impunha ao capital gerado por empresas nacionais que iam para o exterior. Igrejas participaram em preencher os cartões com informações para serem processadas pela Dehomag. Os batismos eram registrados para que os judeus não pudessem ocultar a identidade por meio de conversões.

A Tchecoslováquia foi o país seguinte. Primeiro, o Pacto de Munique (negociado pela Itália, França e Inglaterra na esperança de evitar a guerra) cedeu a região dos sudetos à Alemanha. Em 15 de março de 1939, a Alemanha partiu para a invasão da Tchecoslováquia. As leis de Nuremberg condenaram 200.000 judeus que foram expulsos, banidos ou levados para campos de concentração.

A IBM já estava na Tchecoslováquia. Watson aprovou a construção de uma fábrica de cartões perto de Praga.


Contagem Mortal


Em 17 de maio de 1939, a Alemanha foi vasculhada por 750.000 recenseadores. O mundo tinha pouca dúvida de que o censo era de natureza racial. Ninguém passou despercebido nos 22 milhões de domicílios, 3,5 milhões de imóveis rurais e 5,5 milhões de lojas e fábricas no Grande Reich. O objetivo era identificar os “judeus raciais” na Alemanha, adicionar os judeus nos territórios ampliados e localizar cada indivíduo para segregação. Além disso, a Alemanha se preparava para uma guerra total e precisava saber de onde mobilizar os recursos. A Dehomag organizou tudo: treinamento, equipamentos, novas tecnologias.

O volume de cartões processados chegou a um milhão por dia. A empresa cumpriu o prazo praticamente impossível: em 10 de novembro de 1939 os resultados preliminares estavam prontos, e eram exatos. Um relatório despachado para as autoridades do Reich dizia o seguinte: “havia em Viena, em 17 de maio de 1939, 91480 judeus plenos e 22.344 judeus parciais, graus I e II”. Os resultados eram divididos por sexo e delineados por distrito.

Os cálculos finais revelaram um total geral de 330.539 “judeus raciais” residindo na grande Alemanha. Era menos do que a aproximação grosseira de 1,5 milhão de 4 anos antes, mas a grande Alemanha já tinha perdido 502.000 judeus por execução direta, emigração, morte no cárcere, etc. Em compensação, com a anexação da Áustria e região dos sudetos, a Alemanha tinha ganho 96.893 judeus.

A Alemanha começava a fazer um “Registro de migração alemã no mundo”, para cadastrar alemães que viviam no exterior e para saber que grupos simpatizantes do nazismo existiam. Eles seriam potenciais aliados.

Em 1.º de setembro de 1939, a Polônia foi invadida. Começava a II Guerra Mundial. Inglaterra e França declararam guerra alguns dias depois. A Polônia resistiu bravamente durante 27 dias antes da completa rendição. Massacres, estupros, inanição, deportações e epidemias ocuparam as manchetes em todo o mundo. O The New York Times anunciava: 250.000 judeus mortos na Polônia.

Os judeus na Polônia começaram a ser catalogados e recenseados. Em outubro de 1939, iniciou-se a contagem. Foram criados em todo o país os Judenräte, os conselhos judaicos. Adam Czerniakov foi nomeado presidente. A atribuição deste conselho era assegurar a observância das medidas nazistas.

Em 28 de outubro de 1939, tudo parou em Varsóvia. Todos foram obrigados a comparecer nos escritórios de registro e preencher formulários. Milhares de formulários foram trazidos para o Judenräte. Os resultados saíam em tempo mágico. Em pouco mais de 48 horas todos os dados estavam apurados com a ajuda da nova máquina da IBM: A IBM classificadora, modelo 405. A 405, elegante e mais compacta que as anteriores, integrava vários mecanismos de cartões em um único dispositivo de alta velocidade. Um cabo conectado a uma perfuradora resumo facilitava a sumarização dos resultados da tabulação num único cartão-resumo. Em 6 de dezembro de 1939, uma lista de 366.000 judeus foi entregue.

Nem é preciso mencionar o que fizeram com os judeus cujos nomes estavam nesta lista...


Com Eficiência de Blitzkrieg


A IBM não dava conta de atender todos os pedidos por máquinas Hollerith. Havia "filas de espera" e a IBM demorava até dois anos para atender os pedidos.

As máquinas eram usadas também para o censo de animais: cavalos e bois. Os animais eram importantes recursos para a guerra. O "censo da manteiga" foi feito na Dinamarca. Todos os estoques eram controlados com os cartões, além dos automóveis e caminhões.

Os ferimentos de guerra eram analisados pelas máquinas Hollerith. Os dados apurados pelas máquinas ajudaram os militares austríacos a projetar o capacete mais eficaz possível.

Em 4 de maio de 1940, o “Dia da IBM”, Watson discursava a autoridades sobre a necessidade da paz e os horrores que a guerra trazia. Enquanto milhares eram massacrados, Watson preocupava-se em manter a imagem pública da IBM.

Watson, em meio à pressão, acabou escrevendo a Hitler, com o acompanhamento da imprensa, que "as atuais políticas de seu governo são contrárias às causas pelas quais tenho trabalhado e em razão das quais recebi esta condecoração". Watson devolveu sua medalha.


A Revolta da Dehomag


A Dehomag fazia pressão para deixar de ser uma subsidiária americana e tornar-se uma empresa totalmente nazista. A devolução da medalha de Watson tornou-se um prato cheio para que Heidegger usasse suas influências para tirar Watson e a IBM-EUA da participação dos lucros e das ações da Dehomag.

O problema era que, sem o apoio de Watson, o regime nazista encontrava dificuldades para a manutenção das máquinas Hollerith e para o fornecimento de cartões. Watson controlava todos os fornecedores de papel e equipamentos de manutenção. A Dehomag ficou sem suporte para dar continuidade ao trabalho.

Watson designou Harrison Chauncey, advogado da IBM, para negociar com Heidegger. Heidegger não estava disposto a reconciliar-se. Mas como a Alemanha dependia inteiramente das máquinas Hollerith, os nazistas resolveram negociar (embora exigissem que as estratégias nazistas não fossem reveladas à IBM). Watson conseguira novamente o que queria.

Durante os anos de genocídio, de 1942 a 1945, a Dehomag permaneceu intacta. No final, depois das negociações, a empresa era dirigida por um comitê consultivo especial do Reich, representando os escalões mais elevados da hierarquia nazista. O comitê consultivo da Dehomag substituía o tradicional conselho de administração das empresas. Como em qualquer conselho de administração, a função do comitê consultivo era orientar a gerência sênior, aprovar e vetar projetos especiais e definir prioridades. As decisões do dia-a-dia competiam aos gerentes. Quando necessário, o comitê consultivo era composto de quatro membros. Um era agente fiduciário. O segundo era Passow, chefe da Miaschinelles Berichtwesen. O terceiro era Heidegger. O quarto era o representante oficial de Hitler, Edmund Veesenmayer.


IBM e a Guerra


Em 31 de março de 1941, Watson fundou a nova subsidiária da IBM, a Munitions Manufacturing Corporation, em uma sede de 12.600 metros quadrados, com 250 empregados. Fabricavam 32 diferentes tipos de armamentos: rifles automáticos Browning, máscaras contra gases, mirar para bombardeios, diretores de baterias antiaéreas de 20mm, tendo produzido 345.000 unidades de carabinas M1 calibre 30. O logotipo da IM era estampado nos produtos. Por fim, 2/3 da capacidade de produção da IBM se convertera de tabuladores para material bélico.

Em maio de 1942, os empregados da IBM se juntaram ao próprio serviço de criptografia dos EUA. O grupo usava um conjunto de máquinas de cartões perfurados produzidas pela IBM para decifrar mensagens interceptadas pelo eixo. Livros de código capturados do inimigo eram perfurados em cartões, com bases em seqüências sobrepostas de 50 dígitos. Os cartões resultantes eram classificados. Cada palavra decifrada era usada para atacar outra, até que se conseguissem definir o contexto e o significado da mensagem. Um ironia da guerra foi o fato de a IBM codificar e decoficar informações para os dois lados do conflito.

A guerra sempre foi boa para a IBM. Os lucros foram inéditos. 90 dias depois de Pearl Harbor, Watson informou à mídia que a IBM gerara mais de US$ 150 milhões com o fornecimento de munições e outros contratos militares.

As máquinas eram usadas também para localizar pessoas, no recrutamento de soldados. Soldados aliados mortos ou capturados eram catalogados no sistema IBM. Qualquer pessoa podia ser localizada mediante a perfuração de um pedido numa Hollerith.

A IBM agora passava a atuar como aliada dos EUA, embora continuasse a fornecer as pesquisas para os nazistas. Ela conhecia todos os procedimentos alemães e Carter havia documentado tudo isso. Watson confirmava ainda mais seu patriotismo pelos EUA.


Extermínio


Detalhes sobre o cadastro e extermínio de judeus, homossexuais, Testemunhas de Jeová, ciganos, etc. nos campos de concentração. As mortes, ferimentos, tudo era registrado nos cartões.

Os cartões apontavam para o número de judeus e de todos os grupos que deveriam ser exterminados: 11 milhoes de pessoas, inclusive nas ilhas britânicas e uma estimativa grosseira de 5 milhões para a Rússia.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

MARCIO THOMAZ BASTOS, ministro justiça 1° mandato LULA




Do site: http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=1397


(Mais interessante é o texto sinalizado em vermelho)


Hugo Chicarone, professor na gangue do Opportunity, disse: O problema para nós está na primeira instância, no STF e no STJ a gente tem vida fácil. A frase é recente, e certamente apressada. Confiante demais. Inegável, porém, é que a situação de Daniel Dantas na 6ª Vara de São Paulo está destinada a um desfecho fatal, enquanto o habeas corpus concedido pelo presidente do Supremo, Gilmar Mendes, não passou de paliativo. O banqueiro já voltou à prisão.

O Rubicão foi transposto. O disco rígido retirado pela PF da sede do Opportunity há quatro anos finalmente foi aberto e a nação tem o direito de conhecer seu conteúdo. Altíssima figura da República, em fins de 2005, quando perguntei em off por que o disco continuava fechado, respondeu textualmente: “Se for aberto, o Brasil pára por dois anos”. Outra personagem de primeiro plano foi além: acaba a República.

CartaCapital permite-se vaticínios opostos. A nação abre os olhos e a República se fortalece. Sempre convém botar pingos nos is e dar o nome aos bois. Graças às façanhas do banqueiro do Opportunity, o Brasil tem a chance de uma mudança real, profundíssima. DD não é Sansão. Está habilitado, porém, a levar para o inferno um número expressivo de filisteus.

Houve até quem supusesse que o homem tem uma abnorme orelha direita e acusasse CartaCapital de sublinhar-lhe o defeito físico. Mas o banqueiro deve seu desmesurado ouvido a uma caricatura fotográfica produzida pelo computador, de sorte a caracterizar alguém tão obsessivamente inclinado a ouvir a conversa alheia.

CartaCapital, desde a época de quinzenal, faz mira insistente no orelhudo porque sabe dos seus poderes daninhos. Foi pioneira na identificação de um esquema de corrupção montado há muitos anos e de proporções e capilaridade extraordinárias, e logo ganhou a companhia de outra revista, a Teletime de Rubens Glasberg, e de dois jornalistas acostumados a remar contra a corrente, Paulo Henrique Amorim e Luis Nassif.

Autor da primeira reportagem dantesca de CartaCapital foi Giancarlo Summa. Depois o então redator-chefe Bob Fernandes escreveu várias e, ao deixar a revista, manteve a mesma linha de atuação em seu freqüentadíssimo blog. Feitas as contas, trata-se de uma armata brancaleone empenhada em atirar pedrinhas sobre a avenida do império midiático nativo. O enredo é conhecido e se repete em todos os quadrantes da atividade jornalística. Os praticantes do espírito crítico, prontos a fiscalizar o poder onde quer que se manifeste, pagam caro por isso.

No caso de CartaCapital, tivemos de enfrentar anos a fio a pecha de cultivar preconceitos, quando não ódio descabido, sem contar o comportamento de algumas agências de publicidade que descobriram um bom motivo para nos negar anúncios. Nem por isso recuamos. Hoje aqui estamos sem a vontade de celebrações retumbantes. Podemos ter apenas a certeza do dever cumprido.

De resto, a questão ainda não chegou ao ponto de fervura. Esta operação batizada em sânscrito tende a ser, entretanto, o começo de uma mudança capital na história do País. Assim seria se o Estado provasse sua disposição e sua capacidade de debelar a corrupção e a sociedade a mesma determinação para afastar quem a envergonha. Envergonha?

Cautelas e dúvidas sempre cabem. Nem tanto em relação ao governo do presidente Lula, que age agora com insólita firmeza depois de muitas tergiversações, abençoadas pela ministra do Supremo Ellen Gracie, e a despeito de claras divergências dentro da própria corporação policial. As dúvidas maiores dizem respeito ao establishment, a viver no momento entre o espanto e o pânico, na percepção de que o entrecho é muito maior e mais complexo do que parece.

Não causa surpresa, pelo contrário, a reação imediata do império midiático, porta-voz dos graúdos do Brasil, dos senhores, dos barões. Está claro o empenho em conter a situação dentro dos limites do passado próximo e do presente, como se a origem da investigação remontasse apenas e tão-somente ao chamado mensalão. No entanto, é do conhecimento até do mundo mineral que o fio da meada está no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, na infame marmelada das privatizações, quando o Opportunity se tornou o banco do tucanato, depois de ter prestado inestimáveis serviços ao PFL.

Longo período de mazelas e falcatruas, cujo fruto de recente maturação é a celebradíssima BrOi, a fusão apresentada como indispensável aos interesses do Brasil. Quanto ao valerioduto, não passa de um capítulo da história, e nem mesmo significativo. Ainda assim, a tentativa de turvar as águas, de engodar os ingênuos e os aspirantes ao privilégio em geral está em pleno andamento, com a contribuição de jornalistas (?), editorialistas, colunistas e quejandos, que até ontem tocaram seus violinos a favor do orelhudo. Do orelhudo e da sua turma, aconselhada e defendida por um exército de advogados e até por um pelotão de jornalistas (?), ou melhor, mercenários da imprensa escrita e falada.

Já houve tempo em que Dantas tentou corromper CartaCapital, por meio de uma campanha publicitária. Veio a equipe do Comercial: “Aceitamos?” Por que não, se os anúncios não forem politicamente incorretos? Tudo não foi além de duas inserções. Logo saímos com mais uma reportagem de capa sobre as façanhas do orelhudo. A campanha foi cancelada, e a gente riu muito.

O banqueiro moveu dois processos contra o acima assinado. O primeiro no Cível, e perdeu. O segundo, no Criminal, está em curso. Quem advoga a causa de Daniel Dantas é o escritório de Márcio Thomaz Bastos, e a ação foi iniciada durante o primeiro mandato do governo Lula. Bastos desligara-se da atividade advocatícia pelo tempo em que ocupasse a pasta da Justiça. Não engulo, contudo, este pormenor da história, decerto secundário. Bem como não engulo outro, muito mais importante: o encontro do então ministro da Justiça com Dantas, para um jantar na casa do senador Heráclito Fortes, graças à intermediação de dois deputados petistas.

Pois infinitos foram os caminhos do orelhudo, para a vergonha do Brasil.

NOVARTIS (SUIçA)


Do site: http://br.noticias.yahoo.com/s/23072008/25/manchetes-anvisa-proibe-venda-antiinflamatorio-prexige.html


Anvisa proíbe venda do antiinflamatório Prexige


O registro da apresentação de 100 mg do antiinflamatório Prexige (Lumiracoxibe), do Laboratório Novartis, foi cassado ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a proibição do medicamento foi estendida a todo País. A apresentação de 400 mg ficará suspensa por 90 dias. No relatório para justificar a decisão, o governo federal atualizou o número de supostas vítimas da medicação no Brasil: o total de reações adversas apontadas chegou a 1.265. Entre os efeitos colaterais graves estão hemorragias, hepatites, pancreatite e doenças cardiovasculares.

As notificações superam em 51,8% o balanço anunciado até agora, que contabilizava 609 ocorrências. Na última sexta-feira, o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS) já havia interditado o produto. A decisão da agência ocorre quase um ano depois das agências internacionais proibirem o medicamento. Desde agosto do ano passado, países da União Européia, o Canadá e a Argentina vetaram a comercialização do Prexige.

A proibição do produto ocorre após o País acumular 35% dos 3.585 casos de efeitos adversos notificados em todo mundo. Até ontem, o Brasil era uma das sete nações que ainda mantinham a vigência da autorização do Prexige. Ao todo, 36 países proibiram a venda por causa dos riscos.

Em nota, a Anvisa justificou que só não seguiu a postura internacional para a interdição porque o perfil das vítimas estrangeiras era diferente dos brasileiros. Desde então, providências como alteração da bula e restrição dos pacientes foram tomadas, mas a notificação de reações adversas não cessou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OBS: Outros notos produtos da Novartis sao:
Cataflam, Voltaren, Diovan.

QUEM ESTà NA LISTA?

Estes sao os que fizeram por merecer e conseguiram sua inscriçao na LISTA P2.
Certo que existem muitos e muitos outros, mas vamos pos partes até por que meu tempo é curto.... para colocar todos que merecem levaria uma vida....

  1. ADIDAS (ALEMANHA)
  2. ALCEU MOREIRA (PMDB-RS)
  3. ANTONIO CARLOS MAGALHAES - ACM
  4. BANCOS
  5. CASACOS DE PELE (industria da moda)
  6. CEEE (RS)
  7. CELSO PITTA
  8. COCA-COLA (EUA)
  9. DANIEL DANTAS
  10. DELL
  11. EDIR MACEDO ("acionista" Igreja Universal Reino Deus)
  12. ESTADOS UNIDOS
  13. FERNANDO COLLOR DE MELLO (PTB-AL)
  14. FIAT (ITALIA)
  15. FLAVIO BRIATORE (ex-chefe equipe Renault F1)
  16. FORMULA 1 (F1)
  17. GERMANO RIGOTTO (PMDB-RS)
  18. GILMAR MENDES (STF)
  19. GIULIO TREMONTI (ITALIA)
  20. HP
  21. IBM (EUA)
  22. IGREJA CATOLICA (VATICANO)
  23. INTEL
  24. JADER BARBALHO (PMDB-PA)
  25. JOANNES EIDESGAARD (DINAMARCA)
  26. JOSé BORBA (PMDB-PR)
  27. JOSé SARNEY
  28. JOSé SERRA (PSDB-SP)
  29. LAIR FERS
  30. LENOVO
  31. LULA (PT)
  32. LINDBERG FARIAS (PT-RJ)
  33. MARCELO CRIVELLA (PRB-RJ e sobrinho EDIR MACEDO)
  34. MARCIO THOMAZ BASTOS (min. justiça do 1° governo Lula)
  35. MARTA SUPLICY (PT-SP)
  36. NAJI NAHAS
  37. NEC
  38. NIKE (EUA)
  39. NOVARTIS (SUIçA)
  40. OTTAVIANO DEL TURCO (ITALIA)
  41. PAULO ROCHA (PT-PA)
  42. REDE GLOBO - ROBERTO MARINHO
  43. RENAULT
  44. ROBERTO MANGABEIRA (PRB - min. Ass. Estrateg. Lula)
  45. RODEIOS
  46. ROMERO JUCA (PMDB-RR), lider governo Lula no Senado
  47. SALVATORE CACCIOLA
  48. SILVIO BERLUSCONI (primeiro ministro e homem mais rico e talvez mais corrupto da italia)
  49. WALDEZ GOES (PDT-AP)
  50. YEDA CRUSIUS (PSDB-RS)
  51. ZULEIDO VERAS (dono GUAUTAMA)
  52. WILLIAN BONNER (marionete REDE GLOBO)

ESTADOS UNIDOS

  1. ASSASINATOS NO IRAQUE DEVIDO à INVASAO AMERICANA
  2. EUA - A FILOSOFIA
  3. NASA - REALMENTE PISAMOS NA LUA?
  4. MY LAI - CONHECENDO OS ESTADOS UNIDOS
  5. EUA E SUAS TORTURAS NA PRISAO DE Abu Ghraib (Iraque)

terça-feira, 22 de julho de 2008

JOSE SERRA (PSDB-SP), governador SP



Do site http://www.paulohenriqueamorim.com.br/materias20.asp


IRMÃ DE DANTAS FINANCIOU FILHA DE SERRA


. Daniel Dantas e José Serra – são irmãos siameses.

. Dantas não “influencia” só o PT, através do mensalão.

. Dantas nasceu e se criou à sombra da privatização do Governo Fernando Henrique.

. Foi Fernando Henrique, com a ajuda de Ricardo Sergio de Oliveira – chefe de “finanças” de campanhas de Serra e de FHC – quem entregou na bandeja os fundos das empresas estatais a Dantas.

. O PiG não fala mal de Dantas.

. Clique aqui para ler.

. Não fala mal, porque sabe que vai esbarrar com os tucanos de São Paulo...

. Foi o que aconteceu na CPI dos Correios.

. Aquela, a famosa do mensalão.

. A certa altura, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti, avisou que sabia de uma sociedade entre a irmã de Dantas e a filha de Serra.

. Foi um Deus nos acuda.

. A bancada Dantas – senador Heráclito Fortes e deputado José Eduardo Cardozo à frente – reagiu com violência.

. Até hoje, Fortes persegue Salvatti.

. Essa CPI das Ongs, nada mais é do que a vingança de Fortes contra Salvatti, por causa de uma Ong ligada a ela em Santa Catarina.

. Tem Dantas na origem.

. Pois bem, o melhor desinfetante é o sol.

. Veja aqui abaixo, anexos, os documentos que ligam Dantas – sua irmã – a Serra – sua filha, na Decidir.com, Inc, com sede em Miami, Flórida, a capital mundial da Caixa Dois.

. Foi um negócio de milhões de dólares.

. Quer dizer: Dantas botou milhões de dólares no negócio ...

. Pouco antes das eleições para presidente em 2002, Serra mandou fechar a empresa.

. E os milhões de dólares ?

. Bom, quem deve saber onde foram parar os milhões de dólares são Serra e Dantas ...

. É possível que Dantas esteja metido também na operação que desmascarou os aloprados.

. Seja na ponta do Delegado Bruno, seja naquele monte de dinheiro em notas pequenas.

. Notas que só podem sair de empresa de ônibus, de caixa de metrô ...

. A Polícia Federal, quando era Republicana, começou a investigar isso.

. Depois, parou ...

. A Polícia Federal, depois que o Dr. Paulo Lacerda foi embora, fez minuciosa investigação e decidiu enquadrar Dantas na Lei de Imprensa ...

. Sem mais delongas, veja aí os documentos que unem Dantas a Serra, em Miami...





Em tempo: o Conversa Afiada encaminhou este texto e os documentos anexos ao senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB; ao senador Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado e ao deputado José Aníbal, líder do PSDB na Câmara, com as seguintes perguntas: “O que o senhor acha de Daniel Dantas financiar uma empresa da filha de José Serra? E se fosse o Lulinha, o que o senhor diria?”

Receberam o e-mail:

Mateus Gomes – chefe de gabinete do deputado José Aníbal.

Isabela Fernandes – assessora de imprensa do senador Sérgio Guerra.

Ary Ribeiro – assessor de imprensa do senador Arthur Virgílio.

O Conversa Afiada aguarda resposta.

JóANNES EIDESGAARD, primeiro ministro (ILHAS FEROE - DINAMARCA)


Para assinar petiçao dirigida ao primeiro ministro contra a caça as baleias:
http://www.thepetitionsite.com/1/end-whale-dolphin-slaughter-in-the-faroe-islands



Do site http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=38411

Na desenvolvida Dinamarca, acontece anualmente espetáculo de barbárie contra baleias


Mônica Pinto / AmbienteBrasil

Muitos ficaram legitimamente aborrecidos com a presunção de estrangeiros de que poderiam tomar conta da Amazônia melhor do que nós, os brasileiros. Vários países do chamado “primeiro mundo”, que já acabaram há tempos com suas florestas, agora posam de defensores do planeta e arrogam-se o direito de interferir em territórios que não são deles, mensagem expressa, por exemplo, pelo New York Times na reportagem “De quem é a Amazônia, afinal?” (clique aqui para ler notícia sobre o assunto).

Em que se pese o Brasil continuar se mostrando incapaz de controlar o desmatamento na região, o que muitos defendem é que não se deve confundir ajuda com ingerência.

O curioso é que, em alguns desses países que se colocam como avançados em todos os sentidos, perpetram-se crimes contra a natureza que, no caso deles, não podem sequer ser justificados pelos clamores da sobrevivência.

Agora mesmo, vem circulando pela internet um e-mail que mostra fotos de um banho de sangue, este derramado de baleias, nas Ilhas Feroe. Para quem nunca ouviu falar delas – e isso não seria incomum -, salva-nos a Wikipédia: “As ilhas Feroe ou “ilhas das Ovelhas” são um território autônomo da Dinamarca, parte da Europa, localizado no Atlântico Norte entre a Escócia e a Islândia. O arquipélago é formado por 18 ilhas maiores e outras menores desabitadas que acolhem, ao todo, 47 mil pessoas em uma área de 1.499 km². Na ilha maior - Streymoy - está localizada a capital, Tórshavn.”

Nesse local, como se vê, ligado à próspera e desenvolvida Dinamarca, é realizado um evento todos os anos que inclui encurralar centenas de baleias à beira d´água, para depois ter o prazer de exterminá-las a golpes de facas. Crianças costumam ser dispensadas das escolas nesse dia, para acompanhar o “divertimento”, que funciona como uma espécie de ritual de passagem dos rapazes à idade adulta (veja fotos no final da matéria).

Já circula uma petição na internet pedindo providências para acabar com tal barbárie. “Essa caça esportiva é uma prática que foi abandonada em todo o mundo há muitas décadas, e agora é considerada ilegal em muitos outros países europeus”, diz o texto da petição.

“Os habitantes das Ilhas Feroe não têm necessidade da carne de baleia para a subsistência, e muito da carne é deixada para apodrecer e é jogada fora. Ela não pode ser exportada, pois está poluída com metais pesados e outras toxinas e, assim, não atende os padrões de saúde da União Européia para alimento para consumo por humanos”, prossegue. (Para conferir o texto completo, em Inglês, clique aqui)

Em julho de 2000, a organização Sea Shepherd, que dedica-se à proteger as formas de vida marinhas, velejou até as Ilhas Feroe para intervir na matança anual de baleias pilotos. Conseguiu que o massacre fosse levado às primeiras páginas da mídia européia e, melhor que isso, passou a fazer pressão econômica sobre as companhias que ainda compravam alimentos do mar com origem nas Feroe, o que representa 90% da economia local, com predominância das compras feitas pelo gigante holandês Unilever.

“Acima de 20 mil pontos de venda a varejo europeus cancelaram os seus contratos de pesca a pedido da Sea Shepherd”, informa o portal da entidade.

A luta está, porém, longe de um final feliz. “Na Noruega isso acontece também; é um problema cultural”, disse a AmbienteBrasil Cristiano Pacheco, coordenador jurídico da Sea Shepherd no Brasil. “É um espetáculo de horrores, eles abrem o pescoço dos animais de fora a fora e os deixam agonizando na beira da praia, onde as pessoas ficam aplaudindo”, completa o advogado, para quem é “inacreditável” que aconteça algo assim no mundo em pleno Século XXI.