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domingo, 16 de dezembro de 2012

INGLATERRA falsa investigaçoes sobre tortura no Iraque


 



Iraque, ex-oficial britânico: "A investigação sobre os abusos não queria chegar à verdade"


"Eu percebi que toda a operação só queria satisfazer a opinião pública", disse Loiuse Thomas durante a audiência preliminar do tribunal britânico chamado a lançar luz sobre os crimes cometidos por soldados britânicos contra civis iraquianos. As famílias das vítimas pedem uma comissão de inquérito civil





Louise Thomas, 45 anos, ex-oficial da polícia britânica, pode - contra vontade - tornar-se um personagem histórico. "Eu decidi pedir demissão em julho do Iraq Historic Allegations Team (IHAT) para não ser cúmplice em uma operação de encobrimento (depistagem)", disse em 11 de dezembro durante a audiência preliminar no Tribunal britânico chamado a lançar luz sobre os crimes cometidos por soldados britânicos contra civis iraquianos durante a guerra no Iraque de 2003 a 2008.

Para responder à pressão pública, em 2010, o Ministério da Defesa britânico ordenou o nascimento do IHAT para lançar luz sobre 1.100 casos de abuso de civis iraquianos dos quais são acusados, por parte de organizações não-governamentais, os militares do contingente britânico que serviram no Iraque após a invasão do país árabe da parte de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos. A decisão de não criar uma comissão de inquérito público foi duramente criticado pela mídia e ativistas, mas o governo do primeiro-ministro David Cameron considerou a questão de importância estratégica para o país, colocando os trabalhos embaixo de segredo.

Thomas foi nomeada, juntamente com outros policiais e soldados, para formar uma equipe de investigadores onde começou a trabalhar em janeiro de 2012. Mas, como disse a ex-oficial de polícia, "depois de seis meses de trabalho, conversando com outros membros da equipe, percebi que toda a operação só queria satisfazer a opinião pública, sem querer chegar à verdade. Foi muito frustrante." A oficial tinha uma tarefa especial: rever os vídeos gravados durante os interrogatórios dos militares britânicos para verificar se tinham sido respeitadas as normas do Protocolo de Istambul contra a Tortura. Só que Thomas descobriu que milhares de vídeos tinham desaparecido e aqueles que assistia eram todos perfeitos.

Em particular, nenhum elemento útil para julgar o trabalho da Joint Forces Interrogation Team (Jfit- especialistas britânicos delegados a recuperação de informações em zona de guerra) foram questionados sobre seus métodos e obrigados a fornecer imagens de seus interrogatórios. Suas acusações estão em linha com as da equipe de advogados britânicos que defendem os interesses dos civis iraquianos que denunciaram abusos, segundo as quais o IHAT não é independente, tendo alistado os seus investigadores nas fileiras da Polícia Militar Real (RMP) e outras forças policiais governativas . Nenhum membro independente foi chamado a integrar a equipe.

O tribunal terá de decidir se realmente o trabalho do IHAT não foi transparente, caso em que, em janeiro do próximo ano, poderia começar uma verdadeira investigação nas zonas de sombra da missão militar britânica no Iraque, ordenada pelo governo de Tony Blair, que poderia ser acusado - no caso mais grave - de crimes de guerra. O atual governo britânico, mesmo de cor oposta ao governo da época, estaria em grande embaraço em relação ao lobby dos militares muito poderoso na Grã-Bretanha. Philip Havers, representante legal do Ministério da Defesa, acusou Thomas de exagerar suas denúncias porque lhe foi recusada uma reintegração na equipe após a sua demissão, mas Phil Shiner, que representa os interesses das famílias iraquianas, se disse otimista: "Pedimos que sejam apenas militares a investigar eles mesmos e, se o tribunal nos dará razão, em janeiro, finalmente teremos um inquérito público e independente do que aconteceu no Iraque".



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O início nazista da OTAN: Como o Ocidente implementou os objetivos de Hitler

[1] Office of Alien Property Custodian, Vesting Order No. 248. The order was signed by Leo T. Crowley, Alien Property Custodian, executed October 20, 1942; F.R. Doc. 42-11568; Filed, November 6, 1942, 11:31 A.M.; 7 Fed. Reg. 9097 (Nov. 7, 1942). See also the New York City Directory of Directors (available at the Library of Congress). The volumes for the 1930s and 1940s list Prescott Bush as a director of Union Banking Corporation for the years 1934 through 1943.
[2] Webster Tarpley and Anton Chaitkin, George Bush: The Unauthorized Biography.
[3] Charles Higham, Trading With The Enemy, A Dell Book, 1983, p.23.
[4] Ibid, p.177.
[5] Michael McClintock, Instruments of Statecraft, Pantheon Books, NY 1992, P.24.
[6] E. H. Cookridge, Gehlen, Spy of the Century, Random House, NY, 1972.
[7] Ibid, p.301.
[8] Ibid.
[9] Ibid.
[10] Ibid.
[11] The Progressive, "Turn it Off" September 1993, p.10.
[12] Ibid, pp.10-11.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Quem sao os criminais (II)?

 

Fonte: 1) http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6158026-EI8143,00-Bombardeio+da+Otan+no+Afeganistao+mata+oito+mulheres.html

2) http://www.nytimes.com/2012/09/17/world/asia/karzai-denounces-coalition-over-airstrikes.html?_r=1 

Bombardeio da Otan no Afeganistão mata oito mulheres

Aldeões afegãos olham para corpos de mulheres mortas nos ataques aéreos da Otan. Foto: Reuters
Aldeões afegãos olham para corpos de mulheres mortas nos ataques aéreos da Otan

Foto: Reuters

The body of a woman killed by coalition airstrikes in eastern Afghanistan on Sunday. 
Foto: Noorullah Shirzada/Agence France-Presse - Getty Images

Oito mulheres morreram e outras oito ficaram feridas no sábado à noite em um bombardeio da Otan à província de Laghman, no leste de Cabul, disseram neste domingo fontes afegãs.

Procurada pela AFP, a Força Internacional de Assistência para a Segurança (ISAF) disse através de um de seus porta-vozes que "havia acabado de saber" que causou a morte de entre "cinco a oito afegãos" durante um bombardeio que, por outro lado, acabou com um com um "grande número de insurgentes".
O incidente aconteceu antes do amanhecer na localidade de Dilaram, no remoto distrito de Alingar, quando as mulheres recolhiam lenha, disseram fontes afegãs. Sarhadi Zwak, um porta-voz provincial, denunciou a operação militar unilateral não coordenada pelas forças afegãs, que "matou a oito mulheres e feriu a outras oito". O governador de Laghman "nomeou uma delegação para investigar", disse.

Dezenas de homens dirigiram-se a Mihtarlam, a capital provincial, levando consigo os cadáveres de algumas das vítimas e protestaram em frente ao escritório do governador gritando: "Morte aos Estados Unidos! Morte aos judeus!" Segundo a Isaf, o bombardeio foi decidido após a identificação das intenções hostis de 45 insurgentes, muitos dos quais morreram.

domingo, 16 de setembro de 2012

Quem sao os criminais?

Bombardeio da Otan mata ao menos cinco civis no Afeganistão

Entre os mortos estariam mulheres de uma vila na remota província de Laghman



Um bombardeio aéreo da Otan matou ao menos cinco mulheres civis no Afeganistão neste domingo e outros sete estão feridos. A organização pediu desculpas pelo ataque que estava destinado a atingir um grupo de insurgentes na região de Laghman, uma área remota e tomada pelos Talebans. Ontem, dois soldados americanos foram mortos em uma emboscada próxima à base onde está o príncipe Harry.
AP
Ao menos cinco mulheres afegãs foram mortas em bombardeio aéreo da Otan
Autoridades afegãs disseram que provavelmente o número de vítimas chegue a oito. O major Adam Wojack, um dos porta-vozes da Otan, disse que as cifras ainda não são confiáveis e prometeu uma investigação para apurar as causas do ataque.


"Infelizmente, estamos cientes de um possível ataque que causou a morte de vários civis. A Otan pede desculpas a todos os membros da comunidade da província de Laghman os envolvidos no caso", declarou Wojack.

Esse não foi o primeiro ataque que vitimou civis no Afeganistão, e o presidente Hamid Karzai já havia demonstrado a sua insatisfação com as forças de segurnaça que atuam na região.

Massacre
 
Em março, o presidente afegão Hamid Karzai condenou um massacre de 16 civis, na província de Kandahar, reduto talibã do sul do Afeganistão. Na ocasião, um soldado americano entrou em uma vila afegã e disparou contra civis de maneira indiscriminada. Segundo as autoridades, ele teve um colapso nervoso.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2012-09-16/bombardeio-da-otan-mata-ao-menos-cinco-civis-no-afeganistao.html

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Rio+20: Documento Final Prejudicado por Adversários dos Direitos Humanos

 Fonte: http://www.hrw.org/node/108326
Documento Final Deixa a Desejar em Questões como a Responsabilidade Empresarial e Direitos Reprodutivos

(Rio de Janeiro) – Os problemas econômicos globais vem acompanhados por uma recessão nos direitos humanos refletida nos poucos compromissos que resultaram da Conferência das Nações Unidas Rio + 20 sobre Desenvolvimento Sustentável, afirmaram hoje no encerramento da conferência a Anistia Internacional, a Human Rights Watch e o Centro de Direito Internacional de Direito do Meio-Ambiente (Center for International Environment Law, CIEL).

A Rio+20 teve como objetivo renovar os compromissos políticos para o desenvolvimento sustentável feitos na conferência original há 20 anos, através de uma avaliação do progresso e das falhas de execução e através da discussão de questões novas.

“Os países do G77, a Santa Sé e o Canadá,com o apoio ocasional dos Estados Unidos,formaram uma aliança vergonhosa em oposição a compromissos sobreos direitos Humanos,” disse Jan Egeland, vice-diretor executivo da Human Rights Watch. “Apesar da oposição, a linguagem relacionada aos direitos humanos continuano documento final– mas não é suficientemente abrangente.”

A Santa Sé liderou a oposição aos direitos reprodutivos com o apoio dos países do G77, uma organização de países em desenvolvimento. Os países participantes enfatizaram a necessidade de acesso universal à saúde reprodutiva, inclusive ao planejamento familiar, à saúde sexual e a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais no documento final da conferência. No entanto, linguagem explícita sobre diretios reprodutivos foi excluida do documento final.

O Canadá, o G77 e os Estados Unidos se uniram em oposição àresponsabilidade deempresas em respeitar os direitoshumanos. Durante as negociações, os governos também não abordaramfalhas na obrigação de garantir os direitos humanos quando são accionistas de instituições financeiras internacionais (IFIs).

No documento final, os governos reconheceram que o desenvolvimento sustentável requer o envolvimento significativo e participação ativa da sociedade civil e de grupos marginalizados, inclusive de pessoas com deficiência, entre outros. No entanto, os governos eliminaram qualquer referência aos direitos de liberdade de associação e de reunião, afirmaram a Anistia Internacional, a Human Rights Watch, e o CIEL. Além disso, o direito à liberdade de expressão, essencial para a participação e responsabilidade, nunca sequer foi incluido no rascunho do documento final.

Além disso, grupos da sociedade civil manifestaramconsternação com a falta de oportunidades para participarem efetivamenteno processo na conferência.

“O G77 desafiou os direitos à liberdade de reunião e de associação, enquanto os campeões do passado se recusavam a lutar por esses direitos", disse Egeland. "É incrível que, num momento histórico após a Primavera árabe, os governos não tenham encontrado suas vozes para apoiar os direitos de liberdade de expressão no contexto do desenvolvimento sustentável.”

Os líderes mundiais reafirmaram a importância do respeito aos direitos humanos para o desenvolvimento, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e outros instrumentos de direitos humanos e a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas.

Os governos reconheceram a importância de alguns direitos econômicos e sociais no documento final, inclusive o direito à saúde eeducação. Pela primeira vez em uma reunião importante de cúpula das Nações Unidas, os países reafirmaram o direito à água potável e saneamento. Os governos se comprometeram a trabalharempara tornar o acesso a esses direitos uma realidade para todos.

“É lamentável que alguns governos tentem arbitrariamente excluir as questões de água transfronteiriças do âmbito de aplicação do direito à água,” disse Savio Carvalho, diretor do programa Demanda Dignidade da Amnistia Internacional. "O fracasso dessas tentativas é uma vitória para os direitos humanos.”

A Rio+20 também ficou aquém em materia de direitos humanos e proteção ambiental, afirmaram as organizações de direitos humanos. Embora os tribunais internacionais, regionais e nacionais e organismos de direitos humanos reconheçam cada vez mais danos ao meio ambiente como causa de violações dos direitos humanos e firmemente estabeleçam a responsabilidade do Estado com relação à proteção ambiental, o processo da Rio +20 ignorou o direito a um ambiente saudável.

“A proteção ambiental é essencial para o pleno gozo de todos os direitos humanos," disse o Dr. Marcos Orellana, diretor de direitos humanos e meio ambiente do CIEL. "Sem o reconhecimento explícito do direito a um ambiente saudável, o documento da Rio + 20 não aborda a crise global, ecológica e a pobreza em confronto com a humanidade e o planeta.”

A Declaração do Rio de 1992, constituída de 27 princípios destinados a orientar o desenvolvimento sustentável futuro, inclui a referência ao direito ao desenvolvimento, faz referência ao direito internacional e reconhece que as pessoas devem ter acesso a informações sobre o ambiente e a oportunidade de participar no processo de tomada de decisão.

“Embora tenha havido algum progresso no documento final, o simples fato de que temos de defender a inclusão dos direitos humanos é um absurdo,” disse Carvalho.

domingo, 29 de julho de 2012

Serra prometeu mudar regras do pré-sal para privilegiar petroleiras (AMERICANAS)



 

Fonte: http://abcd-maior.jusbrasil.com.br/politica/6378551/serra-prometeu-mudar-regras-do-pre-sal-para-privilegiar-petroleiras

Candidato garantiu a executiva da Chevron que sistema de partilha seria derrubado e empresas retomariam a posse exclusiva dos lucros

Matéria da Folha de S.Paulo desta segunda-feira (13/12), a partir de conteúdo publicado pelo Wikileaks, mostra que o candidato derrotado à Presidência da República, José Serra (PSDB), prometeu que tomaria medidas para satisfazer os interesses das petroleiras americanas em relação ao marco exploratório do pré-sal.

"Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", teria dito Serra a uma diretora da Chevron, segundo relata um dos telegramas obtidos pelo Wikileaks junto ao serviço diplomático norte-americano.
Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o governo da petroleira norte-americana, relatou a conversa ao consulado dos EUA no Rio de Janeiro.
A troca de telegramas cita ainda que há previsão de que o Brasil se tornará um grande "player" no mercado de petróleo, a partir das descobertas dos campos do pré-sal.
O jornal diz também que um dos responsáveis pelo programa de governo do candidato tucano, o economista Geraldo Biasoto, confirmou que a proposta do PSDB previa a reedição do modelo anterior.
A mudança que desagradou às petroleiras foi aprovada pelo governo na Câmara vinha sendo discutida desde 2009. Até a aprovação, a exploração de campos petrolíferos obedeceu a um modelo de concessão, em que a empresa vencedora da licitação era considerada proprietária do petróleo extraído e pagava royalties ao Brasil.
Mas com a descoberta dos campos na camada do pré-sal, o governo alterou o modelo para o de partilha, o que obriga o vencedor a dividir o óleo com a União. Além disso, a Petrobras será a única a operar o pré-sal e, em caso de formação de consórcios com outras empresas, sua participação mínima será de 30%.

CHEVRON deve pagar indenizaçao bilionaria no Equador por danos ambientais


A multa à petroleira Chevron, acusada de danos ambientais no Equador, aumentou para US$ 19 bilhões após um tribunal da província de Sucumbíos ajustar a sentença em segunda instância.
“Devido a um erro de cálculo, a indenização é de US$ 19.021.552.000″, disse uma fonte do tribunal na quinta à agência France Presse.
Na província, que fica no nordeste do Equador e faz divisa com Peru e Colômbia, cerca de 30 mil pessoas se consideram prejudicadas pelas atividades da Texaco entre 1964 e 1990.

Crianças equatorianas protestam contra a Chevron
Crianças equatorianas protestam contra a Chevron
Moradores da região entraram com uma ação contra a Chevron, para cobrar indenização, porque a companhia adquiriu a Texaco em 2001 e não tem mais atividades no país. A companhia se nega a reconhecer a condenação.
Em janeiro deste ano, a justiça equatoriana ratificou em segunda instância a condenação de US$ 9,5 bilhões contra a Chevron. Um mês depois, a quantia quase duplicou porque a empresa se negou a pedir desculpas públicas, como determinava a sentença.
Ao conhecer o novo valor da multa, os requerentes anunciaram que vão entrar com ações em outros países para garantir o pagamento do montante.
O advogado Sergio Bermudes, que representa os equatorianos, diz que houve descaso com a população e que as sequelas e a duração das consequências lembram Hiroshima e Nagasaki [alvos de bombas atômicas na 2ª Guerra Mundial].

ÁGUA TÓXICA
Segundo a acusação, a Texaco teria derramado 60 bilhões de litros de água tóxica em rios e lagos durante duas décadas, comprometendo fauna, flora e a saúde dos moradores do local.
Como não está mais no Equador, os autores do processo tentam executá-la em outros países. Em maio, eles moveram ação no Canadá. Em junho, recorreram à Justiça brasileira.

BRIGA NO BRASIL
Folha antecipou, em junho, que a briga judicial entre a petrolífera americana e o país sulamericano havia chegado ao Brasil. Um grupo de 47 equatorianos contratou advogados para executar bens da empresa no país.
A causa, apresentada ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) no dia 28, cobrava US$ 18,2 bilhões da Chevron.

OUTRO LADO
A empresa não reconhece a sentença. Segundo James Craig, porta-voz da petrolífera, “o julgamento é ilegítimo, um produto de fraude e suborno que não deveria ser reconhecido por nenhuma outra corte do mundo”. A Chevron recorreu à Corte Nacional de Justiça do Equador.
Ela acionou também um tribunal de arbitragem na Corte de Haia, alegando que a Texaco deixou de atuar no país na década de 1990 e que o governo equatoriano seria o responsável pela situação ambiental na região.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

TORTURA ARGENTINA ANOS 80 - O VATICANO SABIA


A política dos "desaparecidos" que o ditador Jorge Videla terminou por admitir com várias declarações e no tribunal, era conhecida desde 10 de abril de 1978 pela Comissão Executiva da Igreja Católica que, porém, absteve-se de informar o público. Tudo isto vem de um documento encontrado no arquivo da Conferência Episcopal.

O documento tem o número 10.949 e o número já dá uma idéia da quantidade de informação que a Igreja continua a manter em segredo. O documento foi escrito pelo Vaticano ao final de um almoço com o dirado Videla e é armazenado no arquivo de 24-II. Consegui visualizar o documento sorrateiramente depois de um pedido formal, as autoridades eclesiásticas tinham respondido com a afirmação surpreendente segundo a qual o episcopado não teria arquivos. 

Quando ele se reunia com representantes da Igreja Católica, o ditador Videla falava com a franqueza em uso entre amigos. O então presidente do episcopado, o Cardeal Raul Francisco Primatesta, informou a Assembleia plenaria que ele e seus dois vice-presidentes, o arcebispo Vicente Zazpe e o cardeal Juan Aramburu, haviam falado a Videla sobre os casos de presos, aparentemente colocados em liberdade, mas na verdade assassinados, se eram interessados dos sacerdotes ​​desaparecidos, como Pablo Gazzarri, Carlos Bustos e Mauricio Silva, e de outras pessoas desaparecidas nos dias que antecedem a reunião com Videla. De acordo com o documento episcopal "o presidente respondeu que aparentemente seria óbvio afirmar que eles já estão mortos; se trataria de cruzar uma linha divisória: estes sumiram, se foram. Este seria o mais claro, no entanto, nos leva a uma série de consideraçoes em relação ao local onde eles foram enterrados: em uma vala comum? E em tal caso quem os teria sepultado nesta cova? Uma série de perguntas as quais as autoridades governamentais não podem responder sinceramente, porque envolve várias pessoas”, um eufemismo para aludir àqueles que tinham feito o trabalho sujo de sequestrar-los, torturá-los, matá-los e fazer desaparecer os corpos. O comportamento do clero tinha nuances sutis. Zazpe perguntou: "O que respondemos às pessoas visto que existe uma base de verdade no que eles suspeitam?". E Videla “admitiu que era verdade." Aramburu explicou que "o problema é responder em modo que as pessoas não continuem a pedir explicações."

Primatesta explicou que "a Igreja quer entender, colaborar, é ciente de que o país estava em um estado de caos" e que ele mediu as palavras, porque ele sabia muito bem "o dano que poderia causar ao governo". Primatesta, também, insistiu sobre a necessidade de chegar a uma qualquer solução, enquanto previa que no fim o método consistente em fazer desaparecer as pessoas produziria "efeitos negativos", considerado "a amargura que atingia muitas famílias". Este diálogo de extraordinária franqueza mostra que seja Videla seja a Igreja conheciam muito bem os fatos e sotolinha a cumplicidade com a qual avaliavam e decidiam em que modo responder às denuncias das pessoas, consideradas por ambas as partes como uma ameaça comum.

Ao escolher esta política de assassinatos ilegais, que Videla, agora define "comoda", porque evitava de fornecer explicaçoes, a junta militar jogou uma sombra de suspeito sobre todos os quadros das forças armadas e das forças de segurança, sombra que começou a se dissipar com o reabertura dos processos que permitiram determinar as responsabilidades individuais que a junta tinha encoberto. Até hoje, houveram 253 condenações e 20 de absolvições, o que prova que em uma democracia ninguém é condenado preconceituosamente e sem poder exercer o seu direito de defesa. Até o momento apenas um militar capelão Christian Von Wernich, foi condenado por cumplicidade em casos de tortura e assassinato.

Zazpe morreu em 1984, Aramburu em 2004 e Primatesta em 2006. Em 2011 renuncoiu por limite de idade Jorge Casaretto, o último bispo da época ainda em atividade. No entanto, a Igreja continua a manter um silêncio obstinado que às vezes enfatiza sua crescente irrelevância no panorama da sociedade argentina. A pouca influência da Igreja se é vista claramente no ano passado quando, apesar de sua mobilização, o Congresso alterou o Código Civil para permitir o casamento a todas as pessoas independentemente do sexo dos contratantes.

terça-feira, 5 de junho de 2012

QUEM NOS DEFENDE DAS ATROCIDADES

FONTE: http://www.voltairenet.org/Les-atrocites-de-qui)

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial e do Tribunal de Nuremberga, a justiça internacional e a denúncia de crimes contra a humanidade sao submetidos a regra de dois pesos, duas medidas. A razão do mais forte é sempre a melhor, os Estados Unidos e seus aliados acumulam crimes impunemente, enquanto se apresentam como os garantes dos direitos humanos. Os tribunais internacionais, organizações internacionais e meios de comunicação, longe de denunciar esta situação, garantem essa hipocrisia humanitária . Assim, para Manillo Dunicci, o Conselho de Prevenção das atrocidades que Obama acabou de criar é uma ferramenta adicional para colocar a ajuda humanitária ao serviço da guerra.


Quem duvidava de que Barack Obama não merecia o Nobel da Paz agora terá de reconsiderar a sua opinião. O presidente anunciou a criação de um Conselho de Prevenção de Atrocidades (Atrocities Prevention Board), uma comissão especial da Casa Branca para a "prevenção de atrocidades." É presidido por sua inspiradora, Samantha Power, assistente especial do Presidente e diretora para os Direitos Humanos no National Security Council, formado pelos conselheiros mais importantes em política externa.

Em sua ascensão ao poder (o que parece estar predestinada peloseu nome), Samantha, aspirante secretária de Estado, sempre recorreu a denúncia de alegadas atrocidades atribuídas àqueles que, de tanto em tanto , são bolados pelos Estados Unidos como inimigo número um. Sob a asa de seu chefe, o poderoso financista George Soros, Power ajudou a elaborar a doutrina da "Responsabilidade de Proteger", que atribui aos Estados Unidos e seus aliados o direito de intervir militarmente nos casos em que, segundo seu inapelável aviso, as "atrocidades em massa" estão prestes a ser cometidas. É através deste tipo de motivação oficial, em particular aquela de proteger a população de Benghazi ameaçada de extermínio pelas forças do governo, que o presidente Obama decidiu no ano passado fazer a guerra contra a Líbia.

A doutrina é agora institucionalizada com a criação do Atrocities Prevention Board. Através da Comunidade de Inteligência (formado pela CIA e outros 16 órgãos federais), ele estabelece quais são os casos de "potenciaisatrocidades de massa e genocídio ", alertando o presidente. Ele prefigura entao as ferramentas políticas, econômicas e militares para a "prevenção". Dentro deste quadro, o Departamento de Defesa está actualmente a desenvolver alguns "ulteriores princípios operacionais, específicos para prevenção e para a resposta às atrocidades." A partir de agora será o Conselho de Prevenção das Atrocidades (Atrocities Prevention Board) a preparar o caminho a novas guerras.

E é ao trabalho: frente a "violência inominável a qual é sujeito o o povo sírio, devemos fazer tudo o que pudermos", disse Obama, ressaltando que, hoje como no passado, "a prevenção de atrocidades de massa constitui uma responsabilidade moral fundamental para os Estados Unidos da América."

Pena que o Conselho de Prevenção de Atrocidades foi criado somente agora. Caso contrário, ele poderia ter prevenido as atrocidades de massa das quais a história americana está cheia, começando com o genocídio dos povos indígenas da América do Norte. Basta lembrar, limitando-nos aos últimos cinqüenta anos, as guerras contra o Vietnã, Camboja, Líbano, Somália, Iraque, Iugoslávia, Afeganistão, Líbia; golpes de Estado orquestrados pelos Estados Unidos na Indonésia, Chile, Argentina, El Salvador [e Brasil*]. Milhões de pessoas presas, torturadas e mortas. Para prevenir outras atrocidades, o Atrocities Prevention Board deveria trazer à justiça os responsáveis, impunes, das torturas e assassinatos de Abu Ghraib, Guantánamo e em dezenas de prisões secretas da CIA . Também deveria anexar os atos os vídeos com os quais os soldados americanos documentam , para se divertir, a morte de civis no Afeganistão [1], que o Pentágono primeiro tentou encobrir e, em seguida, minimizar. Que Samantha Power olhe bem, estesvídeos, para realmente compreender o que é uma "atrocidades de massa."


* como relata os documentos abaixo (a época secretos) presentes no site da George Washington University:
http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB118/bz02.pdf