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quarta-feira, 6 de junho de 2012

TORTURA ARGENTINA ANOS 80 - O VATICANO SABIA


A política dos "desaparecidos" que o ditador Jorge Videla terminou por admitir com várias declarações e no tribunal, era conhecida desde 10 de abril de 1978 pela Comissão Executiva da Igreja Católica que, porém, absteve-se de informar o público. Tudo isto vem de um documento encontrado no arquivo da Conferência Episcopal.

O documento tem o número 10.949 e o número já dá uma idéia da quantidade de informação que a Igreja continua a manter em segredo. O documento foi escrito pelo Vaticano ao final de um almoço com o dirado Videla e é armazenado no arquivo de 24-II. Consegui visualizar o documento sorrateiramente depois de um pedido formal, as autoridades eclesiásticas tinham respondido com a afirmação surpreendente segundo a qual o episcopado não teria arquivos. 

Quando ele se reunia com representantes da Igreja Católica, o ditador Videla falava com a franqueza em uso entre amigos. O então presidente do episcopado, o Cardeal Raul Francisco Primatesta, informou a Assembleia plenaria que ele e seus dois vice-presidentes, o arcebispo Vicente Zazpe e o cardeal Juan Aramburu, haviam falado a Videla sobre os casos de presos, aparentemente colocados em liberdade, mas na verdade assassinados, se eram interessados dos sacerdotes ​​desaparecidos, como Pablo Gazzarri, Carlos Bustos e Mauricio Silva, e de outras pessoas desaparecidas nos dias que antecedem a reunião com Videla. De acordo com o documento episcopal "o presidente respondeu que aparentemente seria óbvio afirmar que eles já estão mortos; se trataria de cruzar uma linha divisória: estes sumiram, se foram. Este seria o mais claro, no entanto, nos leva a uma série de consideraçoes em relação ao local onde eles foram enterrados: em uma vala comum? E em tal caso quem os teria sepultado nesta cova? Uma série de perguntas as quais as autoridades governamentais não podem responder sinceramente, porque envolve várias pessoas”, um eufemismo para aludir àqueles que tinham feito o trabalho sujo de sequestrar-los, torturá-los, matá-los e fazer desaparecer os corpos. O comportamento do clero tinha nuances sutis. Zazpe perguntou: "O que respondemos às pessoas visto que existe uma base de verdade no que eles suspeitam?". E Videla “admitiu que era verdade." Aramburu explicou que "o problema é responder em modo que as pessoas não continuem a pedir explicações."

Primatesta explicou que "a Igreja quer entender, colaborar, é ciente de que o país estava em um estado de caos" e que ele mediu as palavras, porque ele sabia muito bem "o dano que poderia causar ao governo". Primatesta, também, insistiu sobre a necessidade de chegar a uma qualquer solução, enquanto previa que no fim o método consistente em fazer desaparecer as pessoas produziria "efeitos negativos", considerado "a amargura que atingia muitas famílias". Este diálogo de extraordinária franqueza mostra que seja Videla seja a Igreja conheciam muito bem os fatos e sotolinha a cumplicidade com a qual avaliavam e decidiam em que modo responder às denuncias das pessoas, consideradas por ambas as partes como uma ameaça comum.

Ao escolher esta política de assassinatos ilegais, que Videla, agora define "comoda", porque evitava de fornecer explicaçoes, a junta militar jogou uma sombra de suspeito sobre todos os quadros das forças armadas e das forças de segurança, sombra que começou a se dissipar com o reabertura dos processos que permitiram determinar as responsabilidades individuais que a junta tinha encoberto. Até hoje, houveram 253 condenações e 20 de absolvições, o que prova que em uma democracia ninguém é condenado preconceituosamente e sem poder exercer o seu direito de defesa. Até o momento apenas um militar capelão Christian Von Wernich, foi condenado por cumplicidade em casos de tortura e assassinato.

Zazpe morreu em 1984, Aramburu em 2004 e Primatesta em 2006. Em 2011 renuncoiu por limite de idade Jorge Casaretto, o último bispo da época ainda em atividade. No entanto, a Igreja continua a manter um silêncio obstinado que às vezes enfatiza sua crescente irrelevância no panorama da sociedade argentina. A pouca influência da Igreja se é vista claramente no ano passado quando, apesar de sua mobilização, o Congresso alterou o Código Civil para permitir o casamento a todas as pessoas independentemente do sexo dos contratantes.

terça-feira, 5 de junho de 2012

QUEM NOS DEFENDE DAS ATROCIDADES

FONTE: http://www.voltairenet.org/Les-atrocites-de-qui)

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial e do Tribunal de Nuremberga, a justiça internacional e a denúncia de crimes contra a humanidade sao submetidos a regra de dois pesos, duas medidas. A razão do mais forte é sempre a melhor, os Estados Unidos e seus aliados acumulam crimes impunemente, enquanto se apresentam como os garantes dos direitos humanos. Os tribunais internacionais, organizações internacionais e meios de comunicação, longe de denunciar esta situação, garantem essa hipocrisia humanitária . Assim, para Manillo Dunicci, o Conselho de Prevenção das atrocidades que Obama acabou de criar é uma ferramenta adicional para colocar a ajuda humanitária ao serviço da guerra.


Quem duvidava de que Barack Obama não merecia o Nobel da Paz agora terá de reconsiderar a sua opinião. O presidente anunciou a criação de um Conselho de Prevenção de Atrocidades (Atrocities Prevention Board), uma comissão especial da Casa Branca para a "prevenção de atrocidades." É presidido por sua inspiradora, Samantha Power, assistente especial do Presidente e diretora para os Direitos Humanos no National Security Council, formado pelos conselheiros mais importantes em política externa.

Em sua ascensão ao poder (o que parece estar predestinada peloseu nome), Samantha, aspirante secretária de Estado, sempre recorreu a denúncia de alegadas atrocidades atribuídas àqueles que, de tanto em tanto , são bolados pelos Estados Unidos como inimigo número um. Sob a asa de seu chefe, o poderoso financista George Soros, Power ajudou a elaborar a doutrina da "Responsabilidade de Proteger", que atribui aos Estados Unidos e seus aliados o direito de intervir militarmente nos casos em que, segundo seu inapelável aviso, as "atrocidades em massa" estão prestes a ser cometidas. É através deste tipo de motivação oficial, em particular aquela de proteger a população de Benghazi ameaçada de extermínio pelas forças do governo, que o presidente Obama decidiu no ano passado fazer a guerra contra a Líbia.

A doutrina é agora institucionalizada com a criação do Atrocities Prevention Board. Através da Comunidade de Inteligência (formado pela CIA e outros 16 órgãos federais), ele estabelece quais são os casos de "potenciaisatrocidades de massa e genocídio ", alertando o presidente. Ele prefigura entao as ferramentas políticas, econômicas e militares para a "prevenção". Dentro deste quadro, o Departamento de Defesa está actualmente a desenvolver alguns "ulteriores princípios operacionais, específicos para prevenção e para a resposta às atrocidades." A partir de agora será o Conselho de Prevenção das Atrocidades (Atrocities Prevention Board) a preparar o caminho a novas guerras.

E é ao trabalho: frente a "violência inominável a qual é sujeito o o povo sírio, devemos fazer tudo o que pudermos", disse Obama, ressaltando que, hoje como no passado, "a prevenção de atrocidades de massa constitui uma responsabilidade moral fundamental para os Estados Unidos da América."

Pena que o Conselho de Prevenção de Atrocidades foi criado somente agora. Caso contrário, ele poderia ter prevenido as atrocidades de massa das quais a história americana está cheia, começando com o genocídio dos povos indígenas da América do Norte. Basta lembrar, limitando-nos aos últimos cinqüenta anos, as guerras contra o Vietnã, Camboja, Líbano, Somália, Iraque, Iugoslávia, Afeganistão, Líbia; golpes de Estado orquestrados pelos Estados Unidos na Indonésia, Chile, Argentina, El Salvador [e Brasil*]. Milhões de pessoas presas, torturadas e mortas. Para prevenir outras atrocidades, o Atrocities Prevention Board deveria trazer à justiça os responsáveis, impunes, das torturas e assassinatos de Abu Ghraib, Guantánamo e em dezenas de prisões secretas da CIA . Também deveria anexar os atos os vídeos com os quais os soldados americanos documentam , para se divertir, a morte de civis no Afeganistão [1], que o Pentágono primeiro tentou encobrir e, em seguida, minimizar. Que Samantha Power olhe bem, estesvídeos, para realmente compreender o que é uma "atrocidades de massa."


* como relata os documentos abaixo (a época secretos) presentes no site da George Washington University:
http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB118/bz02.pdf

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A VERDADE NOS TORNA LIVRES, DIRIA UM CRISTIANO HONESTO...

Vaticano diz que escândalo de corrupção abala confiança na Igreja

DA REUTERS, EM ROMA

O Vaticano negou na segunda-feira, em meio à maior crise no pontificado de Bento 16, notícias de que cardeais seriam suspeitos em uma investigação sobre o vazamento de documentos, num caso que já levou à prisão do mordomo do papa.
De acordo com a imprensa italiana, o mordomo Paolo Gabriele era apenas um "leva-e-traz" numa disputa de poderes na Santa Sé. O escândalo estourou na semana passada, quando o chefe do banco do Vaticano foi repentinamente demitido, o mordomo foi detido por acusações de furto de documentos, e foi publicado um livro apontando conspirações entre os cardeais.
Os documentos vazados para os jornalistas denunciam corrupção no vasto relacionamento financeiro entre a Igreja e empresas italianas.
Embora negando a veracidade dos relatos, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse numa entrevista coletiva que "isso é naturalmente algo que pode afetar a Igreja, e testar a confiança nela e na Santa Sé".
Lombardi negou que "qualquer cardeal, italiano ou não, seja suspeito". Ele acrescentou que o papa está sendo informado do assunto, e que "continua no seu caminho de serenidade, na sua posição de fé e moral que está acima da refrega".
Carlo Fusco, advogado do mordomo, disse que ele está "muito sereno e tranquilo", e que pretende colaborar com as investigações.

BODE EXPIATÓRIO
Uma fonte anônima e responsável pelo vazamento de alguns documentos disse ao jornal italiano "La Reppublica" que o mordomo está sendo usado como bode expiatório, porque a Igreja não ousa implicar os cardeais responsáveis pelos vazamentos.
"Há vazadores entre os cardeais, mas o Secretariado de Estado não podia dizer isso, então prenderam o servidor, Paolo, que estava só entregando as cartas em nome de outros".
Ao "La Stampa", o responsável por um dos vazamentos afirmou que o objetivo das denúncias é ajudar o papa a erradicar a corrupção.
O Secretariado de Estado, órgão administrativo do Vaticano, é comandado pelo cardeal Tarcisio Bertone, poderoso braço-direito do papa, e o escândalo parece envolver uma disputa de poder entre seus aliados e inimigos, evocando as conspirações renascentistas na Santa Sé.

FONTE:
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1096930-vaticano-diz-que-escandalo-de-corrupcao-abala-confianca-na-igreja.shtml

IGREJA CATOLICA E VATICANO PARECEM MAIS SUJOS QUE "PAU DE GALINHEIRO"

FONTE:
http://oglobo.globo.com/mundo/novo-escandalo-de-corrupcao-abala-vaticano-3770624

Um escândalo de corrupção explodiu no coração da Igreja Católica depois que uma TV italiana revelou, na noite de quarta-feira, cartas em que o ex-secretário-geral do Vaticano Carlo Maria Vigano denuncia superfaturamento e outras irregularidades na Santa Sé. No ano passado, Vigano acabou transferido para Washington, onde atua como núncio apostólico, apesar de pedir para permanecer no cargo no Vaticano, no qual sua permanência estava prevista até 2014.
Nas cartas enviadas em 2011 a superiores — incluindo o próprio Papa Bento XVI — Vigano diz ter encontrado "uma rede de corrupção, nepotismo e favorecimento" nos contratos para a conservação da Cidade do Vaticano. O ex-secretário-geral diz que os funcionários da equipe do Vaticano eram desmoralizados pelo fato de "os serviços serem sempre entregues às mesmas companhias a pelo menos o dobro do preço cobrado fora do Vaticano. O superfaturamento teria atingido até o presépio natalino da Praça de São Pedro. Vigano reduziu seu custo de instalação e manutenção de 550 mil em 2009 para 350 mil em 2010.
O então secretário-geral também aponta irregularidades na gestão do dinheiro da Igreja. Numa carta de abril do ano passado, ele diz que a administração de alguns investimentos do Vaticano foi entregue a fundos "que cuidam mais dos seus próprios interesses do que dos nossos" e "nos fizeram perder US$ 2,5 milhões numa única transação".
As cartas foram escritas após Vigano ter sido informado de sua transferência. Ele se queixa ao Papa e diz que, mesmo que tecnicamente tenha sido promovido, a mudança "seria uma derrota difícil de aceitar" e "provocaria muita desorientação e desencorajaria aqueles que acreditaram que era possível extirpar muitas das situações de corrupção e abuso de poder que estão enraizadas na administração de vários departamentos". Ele disse ser vítima de uma campanha de desprestígio por funcionários descontentes com suas medidas anticorrupção. Apesar dos apelos, Vigano foi enviado aos EUA.
O Vaticano reagiu à reportagem da rede de TV La 7 com críticas, embora tenha admitido a autenticidade das cartas ao expressar "tristeza com a publicação de documentos reservados". A Santa Sé disse que a TV "trata assuntos complicados de maneira parcial e banal" e afirma estar pronta a ir à Justiça "defender a honra de pessoas honestas". Sobre a transferência, o Vaticano diz que isso é prova "da indubitável confiança" depositada em Vigano pelo Papa.

Vaticano e Igreja Catolica: Nao terminam nunca os escandalos...

Fonte:
http://www.portugues.rfi.fr/geral/20120528-escandalo-no-vaticano-expoe-intrigas-entre-cardeais-0

O mordomo do Papa Bento 16, Paolo Gabriele, continua detido em uma prisão do Vaticano acusado de ter furtado documentos sigilosos da Santa Sé e vazado para a imprensa. Gabriele foi detido na última quarta-feira e a polícia do Vaticano investiga se ele contou com a ajuda de cúmplices. Neste programa, analisamos esse escândalo que abala a imagem da Igreja e expõe as intrigas entre cardeais próximos ao Papa.
Para nossa correspondente em Roma, Gina Marques, este escândalo demonstra que existe uma grande batalha dentro do Vaticano. Muitos atribuem a responsabilidade deste mal estar ao Secretário de Estado da Santa Sé, o cardeal italiano Tarcisio Bertone, visto como um homem que manipula o poder e impede a transparência. A Secretaria de Estado é como o governo do Vaticano.
Diversos documentos vazaram e foram publicados no livro “ Sua Santidade. As cartas secretas de Bento XVI”, escrito pelo jornalista Gianluigi Nuzzi. São 352 páginas com diversos documentos que descrevem escândalos, mentiras, tentativas de interferência nas leis italianas, enfim, um Estado que tenta interferir em outro, além de conflitos internos, principalmente no Instituto de Obras Religiosas, conhecido como IOR, que é o Banco do Vaticano.
Arquivo audio

http://telechargement.rfi.fr.edgesuite.net/rfi/bresilien/audio/modules/actu/201205/LINHA_28-05.mp3