RECEBA AS ATUALIZAçOES POR EMAIL

Insira seu email:

(o email para confirmar a ativaçao pode cair na sua caixa de spam. Verifiche-a.)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

RELIGIAO: OPIO DOS POVOS

O fundamento da crítica irreligiosa é: o homem faz a religião, e não a religião o homem. De fato, a religião é a consciência de si mesmo e o sentimento de si do homem que ainda não conquistou ou já perdeu novamente a si mesmo. Mas o homem não é um ser abstrato, colocado fora do mundo. O homem é um homem do mundo, do Estado, da sociedade. Este Estado, esta sociedade produzem a religião, uma consciência invertida do mundo, porque eles são um mundo invertido.



A religião é a teoria geral deste mundo, seu compêndio enciclopédico, sua lógica em forma popular, o seu ponto de honra espiritualista, seu entusiasmo, sua sanção moral, a sua conclusão solene, a sua base universal de consolação e de justificação. É a realização fantástica da essência humana, porque a essência humana não possui uma realidade verdadeira . A luta contra a religião é, indiretamente, a luta contra aquele mundo, do qual a religião é o aroma espiritual.



A miséria religiosa é tanto uma expressão da miséria real e um protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o sentimento de um mundo sem coração, assim como é o espírito de uma condição sem espírito. É o ópio do povo.



Eliminar a religião enquanto ilusória felicidade do povo quer dizer exiger a sua verdadeira felicidade. A necessidade de abandonar as ilusões sobre sua condição é a necessidade de abandonar uma condição que necessita de ilusões. A crítica da religião é, portanto, a crítica do vale de lágrimas, da qual a religião é a auréola.



A crítica arrancou da corrente as flores imaginárias , não para que o homem carregue uma corrente nua e desconfortavel, mas para que ele possa se livrar da corrente e colher as flores vivas.

A crítica da religião desengana o homem para que ele pense, opere, constitua a sua realidade como um homem desiludido e que alcançou a razao, de modo que ele se mova em torno de si mesmo e, portanto, em torno de seu verdadeiro sol.

A religião é apenas o sol ilusório que gira em torno do homem até que ele não se move em torno de si mesmo.

Portanto, é tarefa da história, uma vez desaparecido o além da verdade, restabelecer a verdade daqui . É principalmente tarefa da filosofia, que está a serviço da história, uma vez desmacarada a sagrada figura da auto-alienação humana, desmascarar a auto-alienação em suas figuras terrenas. A crítica do céu transforma-se assim em crítica da terra; a crítica da religião na crítica do direito; a crítica da teologia na crítica da política

(Karl Marx - Per la critica della filosofia del diritto di hegeliana - 1844)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

A ETERNA MENOR IDADE DOS HOMENS

TRATO DA: http://bfp.sp.unipi.it/dida/kant_7/ar01s04.html#ftn.id2794969

Immanuel Kant

Iluminismo é a saída do ser humano do estado de imaturidade do qual ele mesmo é culpado. Imaturidade é a incapacidade de usar o proprio entendimento sem a orientação de outro. Culpada é essa imaturidade, se a sua causa não depende de um defeito de entendimento, mas por falta de determinação e coragem para usá-lo sem a orientação de outro. Tenha a coragem de usar seu próprio entendimento! Então este é o lema do Iluminismo.

A preguiça e a covardia são as razões pelas quais grande parte dos seres humanos, depois que a natureza da muito tempo os libertou da guia altrui , no entanto, permanecem de bom grado de menor idade a vida, e por isso tão facilmente outros conseguem estabelecerem-se como seus tutores. É muito conveniente ser menor de idade! Se eu tiver um livro que tem intelecto por mim, um diretor espiritual que tem uma consciência por mim, um médico que avalia a dieta por mim, etc., Eu certamente não preciso esforçar-me sozinho. Eu não preciso pensar, desde que possa pagar: outros prontamente assumirao esta tarefa tediosa em meu lugar. A garantir que a grande maioria dos seres humanos considere a mudança para a maior idade, além de difícil, também muito perigoso, se preocupam jà os tutores que tão gentilmente assumiram a alta vigilância sobre eles. Depois de ter-lhes inicialmente estupidecidos, como se fossem animais de estimação, e de ter cuidadosamente evitado que essas plácidas criaturas ousassem dar um passo sem o andador pra crianças no qual lhes engaiolaram e em que foram confinados, mais tarde descrevem-lhes o perigo que os ameaça se tentassem andar sozinhas. Ora, este perigo não é tão grande, porque, com poucas quedas, eles eventualmente aprenderiam a andar: mas um exemplo deste tipo, no entanto, os rende timorosos e, normalmente, os alontana de qualquer ulterior tentativa.

Para cada ser humano individualmente tomado é, portanto, difícil de se livrar de uma menor idade que lhe virou quase natureza . Chegou até mesmo a amá-la, e de fato é realmente incapaz de usar seu próprio entendimento,, não lhe tendo nunca sido autorizado de colocar-lo a prova. Preceitos e fórmulas, estes instrumentos mecânicos de um uso racional, ou melhor de um abuso , de suas disposiçoes naturais, são a base de uma menor idade permanente. E mesmo aqueles que se livrassem desse jogo , faria, no entanto,só um salto inseguro mesmo sobre a vala mais estreita , nao sendo acostumado a mover-se tão livremente. Entao, somente poucos são capazes, trabalhando em seu próprio espírito, de livrar-se da menor idade caminhando , ao mesmo tempo, com passo seguro.