Certo que era um "homem mandado por Deus" somente para a Igreja Catolica que ganhava dinheiro do sanguinario ditador e nao para os trabalhadores que vinham massacrados pelo regime fascista e pelos seus esquadroes da morte conhecidos como "le camicie nere".
Para a Igreja Catolica o ditador Mussolini è o homem enviado por Deus, enquanto padres como Lorenzo Milani, Don Bosco, Don Andrea Gallo, Leonardo Boff, papa Albino Luciani (e quem sabe quantos outros) que lutam pelos pobres e estao do lado deles, que realmente seguem a palavra de Crsito e lutam pelos ultimos sao assassinados, colocados em silencio ou sao alontanados em paroquias que ficam longe de tudo e de todos.
Pesquisem esses nomes... e sobretudo ACORDEM…
"A verdade vos libertarà" (e a ignorancia vos escravizarà!!)Fontes do texto abaixo:
- Atlante da história. Nascimento, afirmação, queda do fascismo. Editora Demetra, Florença, 2005. Pp. 139-144.
- G. Salvemini. As origens do fascismo na Itália. Lições de Harvard. Ed. Feltrinelli, Milao, 1966.
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Dia 11 de fevereiro de 1929, o ditador fascista Mussolini acerta um pacto com a igreja católica; o chamado Pacto Lateranense (nome dado por que a assinatura do pacto foi feita no palácio Laterano).
Os documentos assinados pelo ditador e o cardeal Gasparri foram 3: um tratado político, uma convenção financiaria e um concordado eclesiástico.
1) No tratado político o papa reconhecia a nação italiana e o Estado italiano reconhecia o estado da cidade do Vaticano, a zona na qual o papa o vivia como rei.
2) A convenção financiaria estabelecia que o estado italiano daria ao papa 750 milhões de liras em dinheiro e um bilhão em títulos. Com a convenção ao Vaticano e teria uma renda anual de 4 milhões e meio de dólares, o triplo das suas necessidades: " daquele momento da Santa Sede não tinha mais problemas econômicos". Salvemini escrevia sobre as ajudas de estado a igreja: "o povo italiano pagava 4 milhões e meios de dólares ao ano do seu pão diário para cobrir as despesas necessárias para os serviços centrais da organização internacional da igreja católica. Seria justo que a igreja católica, que se basa na fé religiosa de 300 milhões de homens que vivem em todas as partes do mundo, fosse mantida pelas contribuições espontâneas de todos os seus fiéis, e não é o da contribuição forçada de um só povo".
3) O concordado eclesiástico estabelecia as relações entre estado e igreja católica. Enquanto antes todas as confissões religiosas eram tratadas de igual forma, agora aquela católica virava religião de estado: o ensino religioso foi introduzido nas escolas médias, o o matrimônio canônico pode substituir aquele civil, ao clero foram concedidos particulares privilégios ( novas ajudas fiscais, isenção do serviço militar ...).
No dia 15 de fevereiro o jornal da igreja católica chamado "Osservatore Romano" publicou o discurso do papa Pio XI que ilustrava concordado. O papa afirmava: "devemos dizer que fomos também da outra parte nobremente acompanhados. E talvez precisava também um homem como aquele que a Providência nos fez encontrar; um homem que não tivesse a preocupação da escola liberal [...]. é, então, com grande satisfação que cremos com isso ter dado Deus a Itália e a Itália a Deus."
E a grande maioria dos católicos italianos esultou e O DITADOR SANGUINARIO Mussolini se tornou daquele momento o "HOMEM DA PROVIDENCIA" para a igreja catolica.
Obviamente não foi só o Vaticano a lucrar com o pacto. Um mês depois da assinatura do Concordado os italianos deveriam manifestar sua vontade em um plebiscito proposto por Mussolini; se tratava da reforma eleitoral. Essa foi elaborada pelo ministro da justiça fascista Alfredo Rocco e previa que a Câmera fosse formada por 400 deputados e que esses fossem escolhidos pelo "Grande Conselho do Fascismo". aqui estava a contrapartida da igreja: os padres orientavam os fiéis a votar "sim" no primeiro plebiscito proposto por Mussolini.
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