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sábado, 12 de dezembro de 2009

LER DEVIA SER PROIBIDO - Guiomar de Grammon

LER DEVIA SER PROIBIDO

Guiomar de Grammont


A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.

Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.

Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.

Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?

Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.

Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.

Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular um curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.

Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.

O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?

É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova... Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.

Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.

Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.

Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos... A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.

Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

PRADO, J. & CONDINI, P. (Orgs.). A formação do leitor: pontos de vista. Rio de Janeiro: Argus, 1999. pp.71-3.

sábado, 5 de dezembro de 2009

BERLUSCONI acusado de ser cùmplice da mafia

fonte:
http://www.publico.clix.pt/Mundo/mafioso-arrependido-implica-silvio-berlusconi-em-vaga-de-ataques_1412681


Gaspare Spatuzza é um ex-assassino da Cosa Nostra, arrependido transformado em informador. Hoje teve o seu dia em tribunal e afirmou que os atentados que o seu chefe, Giuseppe Graviano, lhe encomendou em 1993 pararam quando este lhe disse que já tinham o país nas mãos “porque Dell’Utri e Berlusconi são pessoas sérias e não como os inúteis socialistas que apoiávamos antes”.

É Marcello Dell’Utri, senador siciliano e um dos mais antigos aliados de Silvio Berlusconi, que está a ser julgado. Foi condenado a nove anos de prisão por associação mafiosa e recorreu.

“Graviano disse-me que tínhamos obtido o que queríamos graças à seriedade das pessoas que nos tinham ajudado... mencionou dois nomes, chamando a Berlusconi o ‘homem do Canal 5’ [uma das televisões do primeiro-ministro]”, disse Spatuzza na audiência do recurso.

A vaga de atentados a que se referiam as conversas entre Graviano e seu então braço-direito matou dez pessoas em diferentes cidades ao longo de 1993. Foi nesse ano que Berlusconi e Dell’Utri, entre outros, decidiram criar o partido Força Itália. Meses depois, já em 1994, concorriam a eleições e chegavam ao poder.

Berlusconi está acusado de suborno e corrupção, mas não é investigado neste processo. Nem ele nem o senador se mostraram preocupados. Membros do Governo fizeram saber que ontem Berlusconi participou “tranquilo” num conselho de ministros, denunciando uma vingança por todos os mafiosos que tem posto atrás das grades. “Claro que está calmo. Tem mais medo da mulher do que de Spatuzza”, disse Dell’Utri, numa referência ao divórcio do primeiro-ministro.

No tribunal de Palermo, a sessão teve ar de coisa grave: Spatuzza foi ouvido atrás de um biombo branco com polícias nas várias pontas, dentro de uma sala instalada num bunker subterrâneo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

IMPEDIR A EXPOSIçAO DE CRUCIFIXOS NAO é HOSTIL à RELIGIAO

A decisão da Corte Europeia de Direitos Humanos concernente ao caso Lautsi v. Itália, contrária à exposição de crucifixos nas escolas públicas italianas, não pode ser considerada hostil à religião.

O julgamento foi totalmente embasado na Convenção Europeia dos Direitos Humanos (1950), que impõe aos Estados signatários, incluindo a Itália, a obrigação de respeitar o direito que os pais possuem de educar os filhos de acordo com suas próprias convicções religiosas e filosóficas.

Os dois filhos da senhora Lautsi frequentaram uma escola pública em que todas as salas de aula tinham um crucifixo na parede. Incomodada com a influência diária que esse símbolo exercia na educação religiosa de suas crianças e com o argumento de que a situação feria o princípio da laicidade (secularismo) do Estado italiano, tentou solucionar o problema com a direção da escola.

Como a escola decidiu manter os crucifixos, levou, sem sucesso, o caso à Justiça italiana. Posteriormente, Lautsi buscou a jurisdição da Corte Europeia de Direitos Humanos, que condenou o Estado italiano a pagar 5 mil euros a título de indenização.

A corte entendeu que a exposição do crucifixo restringe o direito de alguns pais de educar suas crianças em conformidade com suas próprias convicções, bem como o direito das crianças de acreditar ou não acreditar. A presença do símbolo religioso atuaria nas crianças como sutil imposição da crença representada, levando-as ao constrangimento.

O julgamento, que foi levado a cabo por uma câmara de sete juízes da Corte de Estrasburgo, no último dia 3, tem o amparo da legislação internacional de direitos humanos.

Segundo o artigo 9º da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, "qualquer pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião". Além disso, segundo o artigo 2º do protocolo nº 1 dessa mesma convenção, "o Estado deve respeitar o direito dos pais de garantir educação e ensinamentos em conformidade com suas próprias convicções religiosas e filosóficas".

Por unanimidade, entenderam os juízes que houve, no caso concreto, a violação desses dois dispositivos daquela convenção. É importante observar que a decisão não proíbe o uso do crucifixo pelo cidadão, que é titular ativo do direito à liberdade religiosa. Este poderá usar seus emblemas religiosos nas escolas públicas italianas sem restrição.

Por outro lado, no contexto não confessional ou laico, o Estado não é titular ativo do direito à liberdade religiosa. Assim, a exposição de símbolos religiosos pelo próprio Estado viola sua neutralidade e a isonomia em relação à diversidade religiosa existente na sociedade. O Estado, em tese, não tem o direito de ostentar símbolos religiosos. Cabe a ele proteger os direitos e as liberdades do cidadão.

Ademais, a sentença da corte não alcança as escolas particulares de natureza confessional. A decisão da corte representa conquista histórica a favor da igual liberdade religiosa para todos os cidadãos.

Por certo, a exposição do símbolo de uma única religião em todas as salas de aula dessa escola pública da Itália não pode ser considerada direito, mas privilégio que viola a laicidade estatal e o princípio universal da liberdade religiosa.

Por isso, não se pode dizer que a decisão é hostil à religião. Na verdade, a Corte Europeia se posicionou a favor do ser humano, cujos direitos devem ser preservados.

Por fim, não há dúvidas de que essa importante decisão de Estrasburgo está em conformidade com o direito internacional e com o desafio constante de proteger os direitos e as liberdades fundamentais da pessoa humana e sua dignidade.

fonte:
http://www.conjur.com.br/2009-nov-07/impedir-exposicao-crucifixos-escolas-italianas-nao-hostil-religiao

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A MODA ANALISADA DA SOMBART

Uma interessante leitura da MODA feita pelo economista e sociologo SOMBART. Vale muito a pena ler!!!

fonte: "Sociologia economica" de Carlo Trigilia - professor universidade de Florença


Com o desenvolvimento do espírito capitalistico, este cresce em intensidade e se espalha para outros grupos sociais e novas áreas geográficas, também se verifica um progressivo estimulo a especialização da funçao empresarial que permite aos empresários concentrar seus esforços em determinadas funções estratégicas – na direção da descentralizaçao da atividade empresarial – que atingir o clímax com o financiador. Portanto, há um impulso para a decomposição do trabalho; era necessário descompor as tarefas mais complexas em uma variedade de tarefas acessíveis também aos trabalhadores pouco qualificados provenientes de áreas rurais, subordinando-lhes às máquinas; a racionalização se estende à empresa no seu todo, que se organiza com uma burocracia interna, ou seja, com uma precisa hierarquia de funções e com precisos procedimentos em relação aos diversos níveis da empresa, adaptando a estrutura da empresa ao objetivo de maior rentabilidade.

Além disso, o desenvolvimento técnico não é obstaculado, mas é estimulada pelo Estado, introduzindo novas técnicas de produção e de transporte: nesse quadro se afirma uma democratização do empreendedorismo no sentido de que é mais fácil o acesso ao papel empreendedor para todos os grupos sociais, porque sao principalmente as componentes cognitivas especializadas a alimentar o espírito empresarial.


Para aumentar a estabilidade do processo produtivo não só é necessário racionalizar o uso do trabalho e a organização empresarial, mas também é fundamental que os consumos sejam influenciados pelas empresas: o instrumento principal do qual se servem as empresas se servem para tal objetivo é constituido da MODA que permite a homogeneização dos consumos, sem a qual o período de utilização de cada bem/produto seria mais longo, mas haveria uma gama muito maior de bens de uso, como aconteceu no primeiro capitalismo. A homogeneidade dos produtos garantidos pela MODA permite que as empresas desfrutem ao maximizar as economias de escala*. Enquanto, inicialmente, a MODA restrita às classes sociais altas, no seguir tende a difunder-se também entre as classes sociais mais baixas, graças às novas condições de vida ligadas ao urbanismo. L MODA torna-se, portanto, um elemento cada vez mais importante para a afirmaçao e ao reconhecimento social, num contexto em que diminuem os antigos laços do tipo comunitario.

*Economias de Escala, a grosso modo, é um processo mediante o cual os custos unitarios de produçao diminuem ao aumentar a quantidade de unidades produzidas ou, dito de outra forma, aumenta a produtividade.

FILMADO HOMICIDIO DA MAFIA A NAPOLES- ITALIA

Nao, nao me enganei. Algum pode pensar: "Sim, esse aì se enganou e colocou um video de Bogotà, do Rio de Janeiro ou da Cidade do Mexico, e disse que era na Italia...". Mas, aconteceu em Napoles. O mais impressionante pra mim, e con tristeza digo, jà nem é mais a morte de uma pessoa, o homicidio em si, mas aquilo que o escritor napolitano, Roberto Saviano, definiu como "tragica serenidade", referindo-se a banalidade que se tornou esse tipo de crime na sua cidade. Todas as palavras que poderia achar seriam insuficientes para descrever a indiferença das pessoas frente a um homem caido por terra, com a cabeça estourada, com disperder-se do sangue pela calçada... Na minha inutil opiniao (podem pensar que eu tenha uma mentalidade colona, de interior, que nao seja habituado a "vida da cidade") acredito que chegamos a um punto critico . Isso nao poderia acontecer naquela que se auto-define sociedade civilizada sem uma revolta generalizada. O comportamento das pessoas frente a um homicidio é mais desprezivel hoje do que quando viviamos na idade média. Epoca terrivel na qual vivemos. No fim de seu comentario na TV, Saviano termina dizendo: "Fica uma imagem tragica...por que mostra como, em certas partes da Italia, a vida nao vale nada".

é muito triste chegarmos ao ponto de dizer, ou pior ainda, chegarmos ao ponto de presenciar que a VIDA -- ou seja, o misterio do universo, a coisa mais fantastica , inexplicavel e maravilhosa que conhecemos, aquilo que bilhoes de pessoas acreditam ser uma dadiva de Deus -- NAO VALE NADA. Para meu consolo, resta minha convicçao de que nao valha nada para muitos, mas para alguns ainda é considerada como o mais importante, seja tudo!


fonte do texto abaixo :

http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1405032&seccao=Europa


A polícia napolitana divulgou, ontem, o vídeo do homicídio de Mariano Bacioterracino, um elemento da Camorra, que ocorreu no passado dia 11 de Maio no bairro La Sanitá, em pleno centro de Nápoles, na Itália.

As imagens são violentas e frias. Registam como se morre na Camorra, no sul de Itália, em plena União Europeia : com indiferença e calma absoluta sem hesitações. Em segundos, tudo acontece na rua, em plena luz do dia.

O assassino dispara quatro vezes: no corpo, na cabeça e finalmente um tiro na nuca. Ao terminar a matança, o assassino põe-se em marcha tranquilamente, sem pressas. A senhora que aparece no vídeo também caminha sem sequer olhar para trás mesmo depois de escutar tiros.

Bacioterracino, de 53 anos, era membro da Camorra especialista em assaltos a bancos. A polícia continua sem dados do assassino depois de meses de investigação decidiu exibir o vídeo no sentido de pedir a colaboração dos cidadãos.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

PAPA CONTRA OS PARAISOS FISCAIS (CERTO, AQUELES QUE NAO SEJAM DA SANTISSIMA IGREJA CATOLICA ROMANA!!)

O Vaticano contra "o escândalo dos paraísos fiscais e dos bancos off-shore, que são muitos e difusos". A poucos dias da advertência lançada pelo bispo Gianpaolo Crepaldi, secretário do Pontifício Conselho Justiça e Paz, o Papa, recebendo a Centesimus Annus-Pro Pontífice, fundação envolvida com atividades caritativas, antecipou na manhã deste sábado os temas da encíclica social que será publicada em duas semanas.

A reportagem é de Giacomo Galeazzi, publicada no jornal La Stampa, 13-06-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Segundo o Papa Ratzinger, os danos de um sistema baseado na idolatria do dinheiro e no egoísmo obscurecem a razão e a vontade do homem, conduzindo-o por caminhos errados. Na tempestade dos mercados, a crise é a ocasião para se repensar a economia, tendo-se em conta as exigências de todos os estratos da sociedade. Uma linha testemunhada por quem, como Crepaldi, refletiu com o Pontífice sobre uma crise que exige, para se sair dela, "não apenas reativar os sistemas financeiros dos países desenvolvidos e emergentes, mas também bloquear a volatilidade dos capitais e o escândalo dos paraísos fiscais e dos bancos off-shore". Com uma crítica a "países como a Itália, que se manifestam contra os paraísos fiscais, mas, em vez de suprimi-los, hospedam-nos e fazem uso deles".

Mas, enquanto isso, há silêncio nos Palácios Sagrados sobre o livro-bomba "Vaticano spa", baseado no arquivo secreto de Dom Renato Dardozzi (conselheiro econômico da Secretaria de Estado), que documenta como um rio de dinheiro, entre dinheiro vivo e títulos de Estado, que foi veiculado pelo IOR (Instituto para as Obras Religiosas) em uma trama "off-shore" de depósitos ilícitos registrados em nome de fundações inexistentes.

Entre 1989 e 1993, foram realizadas operações desses depósitos que somam 252,2 milhões de euros na cotação atual, movimentações em dinheiro vivo de até 100 milhões e transferências de 100 milhões em Certificados de Crédito do Tesouro (CCT) [título de crédito com rendimentos de taxas variáveis]. Uma das contas tinha a assinatura de Giulio Andreotti em um depósito dirigido à Fundação Cardeal Francis Spellman.

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COMENTO MIO: Giulio Andreotti político democrata cristão italiano. Ocupou por diversos mandatos o cargo de primeiro-ministro da Itália. Desde de 1991 é senador vitalício por nomeação presidencial. Líder do Partido Democrata-Cristão italiano, foi primeiro-ministro nos períodos de 1972-1973, 1976-1979 e 1989-1992. Andreotti foi processado a Palermo e na sentença de apelo, 2 maio 2003, estabeleceu que Andreotti tinha cometido o "reato de participaçao à associaçao para delinquir" (mafia Cosa Nostra), "concretamente identificado até a primavera de 1980", que porém era "estinto por prescriçao". Parte da sentença da Corte de Apelo de Palermo, 2 maggio 2003, fala de "uma autentica, estabile e amigavel disponibilidade do imputado verso os mafiosos até a primavera del 1980" (http://www.repubblica.it/online/politica/giuliopalermo/assolto/assolto.html). Interrogado pela procura de Palermo dia 19 maggio 1993, o superintendente chefe da policia Francesco Stramandino, declarou de ter visto em 19 agosto 1985, na qualidade de responsavel da segurançado entao ministro do exterior Andreotti, um encontro entre o politico e aquele que sò depois seria identificado como "boss" (chefe na linguagem mafiosa) Andrea Manciaracina, na época vigiado especial e homem de confiança de Totò Riina (chefe mafia Corleonesi).

E ASSIM SOMOS ENGANADOS A VIDA INTEIRA POR SERES QUE CREEM QUE NA TERRA é QUE SE ALCANçARAO AS GLORIAS!!!

Basta ler e procurar entender onde vivemos para se dar conta de que fomos, somos e seremos por muito tempo "enrabados" e nao sò pela igreja....


SARNEY LEGISLANDO EM CAUSA PROPRIA

Depois as pessoas se perguntam por que o Brasil nao vai pra frente!!! Muito fàcil, primeiro senadores, deputados defendem interesses proprios e depois o interesse de quem os votou (se sobrar tempo na agenda...obvio!).


fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1225114-5601,00-SARNEY+USOU+CARGO+PARA+AJUDAR+FUNDACAO+DIZ+JORNAL.html

Sarney usou cargo para ajudar fundação, diz jornal

Ele pediu que advocacia da Casa ingressasse contra lei que o prejudicou.
Presidente do Senado afirmou que não houve irregularidade.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), teria usado o cargo de senador para defender interesses da Fundação Sarney segundo reportagem publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo" nesta sexta-feira (10).

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa de Sarney disse que não há irregularidade no pedido para que a advocacia geral da Casa ingressasse contra uma lei que o prejudicava.

De acordo com o jornal "Folha de S. Paulo", uma lei estadual de 2005 determinou a reintegração do Convento das Mercês, local onde funciona a Fundação José Sarney, ao governo do Maranhão.

Em novembro do mesmo ano, um documento asssinado pelo senador solicita à Mesa Diretora do Senado que protocolasse uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei.

O pedido foi atendido e, um mês depois de o Senado entrar com a ação, o STF deu liminar que suspendeu a eficácia da lei e garantiu a permanência da fundação no edifício.

A lei garante à Mesa Diretora do Senado a prerrogativa de ingressar no STF com esse tipo de ação. Mas, segundo o jornal, foi a única vez que a Casa contestou uma lei estadual nessa corte.

sábado, 24 de outubro de 2009

FECHA O CERCO A BERLUSCONI - ACUSADO DE COLABORAR E SER A REFERENCIA DA MAFIA

"Berlusconi era referente político"

http://www.lariaeditutti.org/merlino/wordpress/wp-content/uploads/2009/06/basta_berlusconi_economist.jpg
Capa revista inglesa The Economist: "Basta. Hora da Italia demitir Berlusconi"


PALERMO, 23 OUT (ANSA) - O mafioso arrependido Gaspare Spatuzza, declarou à magistratura que o premier Silvio Berlusconi e seu amigo Marcello Dell'Utri foram referentes políticos da máfia, que negociou com o Estado entre 1993 e 2003-2004 a suspensão dos ataques contra instituições.

É o que consta das atas apresentadas hoje (23) durante um processo de segunda instância em Palermo, no qual Dell'Utri (senador do Partido Povo da Liberdade, PDL, comandado por Berlusconi) está sendo julgado por associação mafiosa.

Em primeira instância Dell'Utri foi condenado a nove anos de prisão, mais dois de liberdade vigiada, interdição perpétua dos cargos públicos e uma multa de € 70 mil.

O advogado de Berlusconi, Niccolò Ghedini, disse que as declarações de Spatuzza sobre o premier "carecem totalmente de fundamento" e anunciou que contra elas "se procederá em todas as sedes oportunas". (ANSA)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

MY LAI - CONHECENDO OS ESTADOS UNIDOS


Essa é uma recente foto na qual uma americana humilha um preso no Iraque. Apenas mais um dos tantos crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos nas suas guerras pelo mundo cultivando "liberdade e democracia". Mas existem muitas; uma em particular: MY LAI


My Lai (pronúncia em português: Mi-Lai) é o nome da aldeia vietnamita onde, em 16 de março de 1968, centenas de civis, na maioria mulheres e crianças, foram executados por soldados do exército norte-americano, no maior massacre de civis ocorrido durante a Guerra do Vietnã. Antes de serem mortas, algumas das vítimas foram estupradas e molestadas sexualmente, torturadas e espancadas. Alguns dos corpos também foram mutilados.

Na véspera da operação, integrantes da Companhia Charlie, da 11ª Brigada de Infantaria, mandados à região por denúncias de que a área estaria servindo de refúgio para guerrilheiros norte-vietnamitas, foram informados pelo comando norte-americano que os habitantes de My Lai e das aldeias vizinhas saíam para o mercado da região as sete da manhã para compra de comida e que, conseqüentemente, aqueles que ficassem na área seriam guerrilheiros vietcongs ou simpatizantes.

Esta foto tirada pelo soldado do Exército dos EUA e integrante da Companhia Charlie, Ronald Haeberle, foi divulgada na imprensa de todo mundo em 1969 e causou uma comoção internacional que levaria a apressar as conversas de paz pelo fim da Guerra do Vietnam.


Como conseqüência, integrantes de um dos pelotões da companhia, comandados pelo tenente William Calley, suspeitando que os habitantes encontrados fossem guerrilheiros e considerando todos como uma ameaça, abriram fogo indiscriminadamente contra os habitantes da aldeia, matando velhos, mulheres, crianças e recém nascidos em quase sua totalidade, num total entre 357 e 504 civis mortos, de acordo com a fonte, norte-americana ou vietnamita. No local hoje, há um memorial em que lista o nome de 504 vítimas.

O massacre que durou várias horas de caça a sobreviventes, só foi interrompido por iniciativa de um piloto de helicóptero, Hugh Thompson, Jr., que vendo do alto a matança e o assassinato de civis feridos, pousou o aparelho e ameaçou atirar com as metralhadoras de sua própria nave contra soldados americanos.

O crime só veio a público um ano depois, devido a denúncias saídas de dentro do exército, por soldados que testemunharam ou ouviram os detalhes do caso – e um deles escreveu a diversos integrantes do governo americano, inclusive ao Presidente Nixon – e chegaram a órgãos de imprensa e às televisões. Jornalistas independentes conseguiram fotos dos assassinatos e as estamparam na mídia mundial, ajudando a aumentar o horror e os esforços dos pacifistas a pressionar o governo Nixon a se retirar do Vietnã.

Em março de 1970, 25 soldados foram indiciados pelo exército dos Estados Unidos por crime de guerra e ocultação de fatos e provas no caso de My Lai. Comparado pela mídia de esquerda aos genocídios de Oradour-sur-Glane e Lídice durante a II Guerra Mundial, que causou a condenação e execução de diversos oficiais nazistas depois da guerra, apenas o tenente William Calley, comandante do pelotão responsável pelas mortes foi indiciado e julgado.

Condenado à prisão perpétua, Calley foi perdoado dois dias depois da divulgação da sentença pelo Presidente Richard Nixon*, cumprindo uma pena alternativa de três anos e meio em prisão domiciliar na base militar de Fort Benning, na Geórgia.


* Presidente que,como Collor, teve que pedir demissao depois do escandalo
Watergate (link wikipedia).
Entretanto foi substituído pelo vice Gerald Ford, que assinou uma anistia, retirando-lhe as devidas responsabilidades legais perante qualquer infração que tivesse cometido... e a roda gira e nao troca a musica!!!


IRMA MAIS VELHA DA IGREJA UNIVERSAL COMEçA A CAçA AOS FIéIS


Novo cânone católico facilita conversão de anglicanos

fonte:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,novo-canone-catolico-facilita-conversao-de-anglicanos,453677,0.htm

CIDADE DO VATICANO - O papa Bento XVI aprovou um novo cânone eclesiástico que vai permitir aos anglicanos se juntarem à Igreja Católica, com direito à manutenção de muitas das suas tradições espirituais e litúrgicas, dentre elas a existência de padres casados. No passado, tais isenções eram conferidas apenas em alguns casos. O novo cânone da igreja vai facilitar a conversão de anglicanos ao catolicismo, medida que tem como alvo os fiéis descontentes com a ordenação de mulheres e gays como bispos anglicanos.

O cardeal William Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, anunciou o novo cânone durante uma coletiva de imprensa. A decisão levantou perguntas sobre como o cânone será recebido pelos 77 milhões de anglicanos, parte dos quais deixou a igreja por causa da ordenação de mulheres como bispas, a existência de um bispo que é declaradamente gay e a bênção a uniões entre pessoas do mesmo sexo.

O líder espiritual dos anglicanos, Rowan Williams, arcebispo de Canterbury, reduziu a importância do novo cânone e disse que não se tratava de uma explanação sobre os problemas dos anglicanos. "Isso não tem impacto negativo sobre as relações de comunhão com a igreja católica", disse ele.

A legisladora britânica conservadora Ann Widdecombe, que deixou a igreja anglicana e tornou-se católica, saudou a decisão do Vaticano. "Fico feliz se (a conversão) se tornar mais fácil porque quando tivemos o último grande êxodo, em 1992, por causa da ordenação de mulheres, a igreja católica não estava pronta", disse ela em Londres. "Havia enormes discrepâncias em todo o país e o direcionamento do Vaticano chegou tarde".

As novas entidades católicas, chamadas de ordinariados pessoais, serão unidades de fé estabelecidas pela igreja e lideradas por ex-prelados anglicanos que fornecerão auxílio espiritual a ex-anglicanos que queiram se tornar católicos. Elas vão aproximar ordinariados militares católicos, unidades especiais da igreja estabelecidas na maioria dos países para dar ajuda espiritual para integrantes das forças armadas.

domingo, 11 de outubro de 2009

REALIDADE MUSICAL.... "Com o livro em uma mao e com a bomba na outra..."


Clique aqui para ver video


La macchina che guidi (o carro que diriges)
guarda bene non è tua, (olha bem, nao è tua)
la paghi tutti i giorni (a pagas todos os dias)
al fabbricante di liquame (ao fabricante de )
che va a cena con i santi (que vai a janta com os santos)
che t'infilano le bombe nelle tasche. (que te botam as bombas no bolso)

E fanno guerre (e fazem guerras)
che bruciano ragazzi come te (que queimam rapazes como tu)
che cadono col sogno di proteggere un sogno (que morrem com o sonho de proteger um sonho)
e in chiesa la gente che piange (e na igreja a gente que chora)
fa largo e si stringe, (“procura lugar” e se aperta)
nel posto in prima fila (pra um lugar em primeira fila)
c'è sempre un governante (tem sempre um governante)
che tratta col mercante (que negocia com o mercante)
che cena con i santi (que janta com os santos)
che tirano le bombe (que lança as bombas)
e tirano le somme (e puxa as somas (dinheiro))
e il ciclo non si rompe, (e o ciclo nao se quebra)
la guerra non è santa, (a guerra nao è santa)
ma noi stiamo arrivando... (mas nòs estamos chegando)

COL LIBRO IN UNA MANO, (com o livro em uma mao)
LA BOMBA NELL'ALTRA... (a bomba na outra)

Nel pane c'è il corpo, (no pao tem o corpo)
nel vino c'è il sangue; (no vinho tem o sangue)
nell'oro il demonio, (no ouro, o demonio)
nell'umiltà il santo... (na humildade o santo…)
Nel pane c'è il corpo, (no pao tem o corpo)
nel vino c'è il sangue; (no vinho tem o sangue)
nell'oro il demonio, (no ouro, o demonio)
nell'umiltà il santo... (na humildade o santo…)

Scintilla un anello (Brilha um anel)
di giallo metallo, (de amarelo metal)
la mano pietosa (a mao piedosa)
saluta il Consiglio... (saúda o conselho)
Al polso gemelli (No pulso gemeos)
di rosso rubino, (de vermelho rubi)
su un abito bianco (sobre um vestido branco)
di seta e di lino... (de seda e linho)
La porpora è un manto (A purpora è um manto)
di gloria e di vanto, (de glòria e de vanto)
sul petto una croce (sobre o peito uma cruz)
con sopra il suo Santo... (sobre ela o seu Santo)
"Non m'immortalate!" (“nao me imortalem!”)
diceva il suo canto, (dizia o seu canto)
"Non mi sbandierate!", (“nao me ostentem!”)
gridava il suo pianto. (gritava o seu choro.)

Nel pane c'è il corpo, (no pao tem o corpo)
nel vino c'è il sangue; (no vinho tem o sangue)
che Dio ci perdoni, (que Deus nos perdoe)
se stiamo pregando... (se estamos rezando)

COL LIBRO IN UNA MANO, (com o livro em uma mao)
LA BOMBA NELL'ALTRA... (a bomba na outra)

Abbiamo il fuoco, (temos o fogo)
abbiamo ragione. (temos razao)
Saremo più grandi, (seremos maiores)
saremo più uniti, (seremos mais unidos)
saremo più forti (seremos mais fortes)
di chi ci ha colpiti...
(daqueles que nos golpearam…)

COL LIBRO IN UNA MANO, (com o livro em uma mao)
LA BOMBA NELL'ALTRA...
(a bomba na outra)