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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Capitais africanos, riqueza ocidental

E a historia humana de rapina se repete como no Brasil. Legiao Urbana ja cantava "Indios" decadas atras!!!!



Fonte:

http://it.peacereporter.net/articolo/21075/Capitali+africani,+ricchezza+occidentale

Em 40 anos, a fuga ilegal de capitais custou 1.8 trilhões de dólares para a África

É um paradoxo cruel, como aquele de um pai de famiglia que corre o risco de fazer seus filhos morrerem de sede porque dà a água que tem a um que nao precisa tanto. Nisso se pensa lendo um relatório recentemente publicado sobre a fuga de capitais da África.

Dinheiro fantasma. O dossiê intitulado "Illicit Financial Flow from Africa: Hidden Resources for Development" e foi elaborado pela Global Financial Integrity, um centro de pesquisa sem fins lucrativos de Washington, que procurou analisar e quantificar o capital Africano que de repente se evapora, dispersando recursos financeiros que deveria ser investidos naquele continente.

Os dados fornecidos pelo estudo são simplesmente terríveis: no período 1970-2008, a África teria perdido algo como 854 bilhões de dólares.

Mas esta é uma aproximação por defeito, porque os analistas foram capazes de quantificar apenas os capitais desaparecidos com a prática de "mispricing" (falsificaçao dos preços) dos bens materiais, que é apenas um dos muitos sistemas através dos quais o dinheiro é transferido de forma ilícita. Há outras maneiras, tais como o mispricing dos serviços e do contrabando, cujo impacto é difícil de medir, pois a identificação dessas práticas é muito mais complicada.

A cifra estimada pelo think tank americano, cogitando uma hipótese sobre o montante total de recursos saìdo dos países Africano ilegalmente, é impressionante: 1,8 trilhões de dólares, que por uma série de truques permitiram a ditadores, líderes democráticos, militares, altos burocratas e empresários, Africano mas não sò, acumular grandes fortunas no exterior, longe das crises freqüentes que abalam (e agitam) periodicamente aos países com economias fracas e instabilidade política. Um rio de dinheiro que abasteceu o crescimento dos países desenvolvidos e que, paradoxalmente, torna a África um continente virtualmente credor, mesmo aprisionado por suas dívidas.

"O fluxo maciço de dinheiro de origem ilegal da África - diz o diretor da GFI, Raymond W. Baker - é facilitado por umsistema financeiro internacional sombra (escuro), que inclui paraísos fiscais, segredo giurisdicional, empresas falsas, fundaçoes falsas, contas intestadas a trust anônimas, operações comerciais fraudulentas e diferentes técnicas de lavagem do dinheiro". A questão não é ética ou pelo menos não somente.

"O impacto desta estrutura e dos recursos que tira da África - continua o relatório - é devastador. Drena importantes reservas monetarias , aumenta a inflação, torna difícil a cobrança de impostos, impede investimentos, enfraquece o livre comércio".

Mais importante ainda, essas práticas afetam o segmento social mais pobre e marginal, porque absorvem recursos que poderiam ser usados para combater a pobreza e impulsionar o crescimento econômico.

Basta pensar que com os 854 bilhões de dólares perdidos somente através do mispricing dos bens, a África poderia pagar a sua dívida externa (250 bilhões de dólares) e utilizar os restantes 600 bilhões de dólares para combater a fome e a pobreza.

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