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domingo, 5 de dezembro de 2010

NAO Sò DE BANDIDOS é FEITOS OS ESTADOS UNIDOS

SALVE UMA VIDA QUE PROVOU VALOR OU ESTAREMOS "CONDENADOS COMO ESPECIE" !!!!

DIVULGUE!!!

Fonte:
http://www.jb.com.br/pais-2/noticias/2010/12/03/a-bravura-de-um-soldado-americano/



O soldado Manning pode estar iniciando processo de consciência do povo americano.

OS E-MAILS DO SOLDADO Bradley Manning ao hacker Adrian Álamo – que o denunciou – revelam o drama de consciência do jovem diante dos horrores da guerra e da irresponsabilidade dos dirigentes do mundo.

“Já não creio que haja pessoas boas e pessoas más. Há uma série de países que atuam sempre em favor de seus próprios interesses” diz a seu delator.

O pai de Manning, soldado americano, conheceu a mãe, do País de Gales, quando ali esteve servindo. Quando fez 13 anos, os pais se separaram, e Manning voltou à Inglaterra. Aos 16, deixou a escola e regressou aos Estados Unidos, onde trabalhou no balcão de uma pizzaria. Aos 18, alistou-se no Exército e, em seguida, foi designado analista da inteligência militar. É a biografia de uma pessoa comum.

O Pentágono busca desmoralizá-lo. Informa que ele sempre foi problemático, com sérios desvios de comportamento. Se assim fosse, como o teriam designado, ainda tão jovem, para analisar informações secretas? Relatórios mais recentes dizem que foi punido, rebaixado da classificação de “especialista” para a de simples soldado, depois de incidente com um colega de farda. Insinuam também que essa conduta deriva de sua condição de homossexual.

Homossexual, ou não, o diálogo com o ex-hacker Álamo, que se celebrizou em 2002, ao entrar no sistema digital do New York Times , revela um jovem de grande sensibilidade humana, com preocupação humanística universal, mas nem por isso menos patriótica. Depois de explicar que se trata de informação “muito vulnerável”, a que obteve ao baixar os documentos, o soldado confessa: “Bem, eu a mandei para o WikiLeaks. Deus sabe o que vai ocorrer a partir de agora. Espero que haja uma grande discussão mundial, com debates e reformas. Se não for assim – estamos condenados como espécie ”.


Sujeito a uma pena, que vai de 52 anos à prisão perpétua, Manning já divide a opinião pública de seu país – e do mundo, que manifesta apoio à coragem do rapaz, conforme se divulga.

Os familiares dos mortos nas guerras do Iraque e do Afeganistão louvam o seu ato: os documentos vazados mostram a falta de razão para a brutalidade da guerra e a inutilidade do sacrifício dos jovens americanos na defesa de governos corruptos e sanguinários, mas convenientes para os negócios ianques.

Ontem comentávamos a sombra da paranoia que paira sobre a sociedade norte-americana. Mas é bom ressaltar a existência de outra América, que sempre procurou impor o bom-senso à grande nação.

Houve excepcionais estadistas – a partir do próprio Washington – que tentaram afastar a república da aventura imperialista. Lincoln, ainda jovem político provinciano, se opôs à guerra contra o México, deflagrada pelo presidente Polk, em 1846, e, por isso, perdeu uma eleição. Em plena intoxicação expansionista do governo McKynley, no fim do século 19, foi fundada, sob a inspiração do ex-presidente Grover Cleveland, a Liga Americana Anti-Imperialista. Dela faziam parte personalidades eminentes da cultura, dos negócios e da política, como o grande industrial Andrew Carnegie, e intelectuais do nível de Mark Twain, Ambrose Bierce, John Dewey e William James, entre outros.

A Liga se opunha firmemente à anexação das colônias espanholas, ocupadas depois da vitória americana contra as tropas espanholas no Caribe. A guerra e a anexação foram insufladas pelos dois maiores donos de jornais, Hearst e Pullitzer. E as massas americanas, intoxicadas, apoiaram o partido do imperialismo.

O soldado Bradley Manning – essa é a esperança – ao revelar os papéis da guerra e os papéis da diplomacia dos Estados Unidos, pode estar iniciando processo de consciência do povo americano para que retome as advertências de presidentes como Washington e Eisenhower, em seus discursos de despedida do poder, e ajude a promover as reformas econômicas e políticas que a consciência ética reclama do mundo.

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