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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

BERLUSCONI e seus atuais processos - NY Times

fonte: New York Times


Quarta-feira foi um dia ruim para o primeiro-ministro Silvio Berlusconi,

mas um bom dia para a democracia italiana.


Estas foram as duas únicas certezas imediatamente claras depois que a mais alta corte do país reverteu uma escandalosa lei aprovada após a eleição do ano passado que garantia a Berlusconi imunidade contra qualquer processo judicial durante seu mandato.

A Corte Constitucional manteve o princípio democrático fundamental de que ninguém, não importa quão rico ou poderoso, pode estar acima da lei, mesmo se um Parlamento complacente legislar imunidade.


Silvio Berlusconi segue sob pressão na Itália / AP


Ainda não se sabe qual será o próximo passo dos promotores e se eles irão impedir que Berlusconi cumpra os três anos restantes de seu mandato.

Berlusconi passou sua carreira política alegando que o sistema judicial tem inclinação esquerdista e que o magistrado independente da Itália conduz vinganças políticas contra ele.

Ainda que o sistema judicial italiano seja lento e imperfeito, as cortes compõem a parte menos desacreditada do governo da Itália. Depois da decisão de quarta-feira sua posição é ainda melhor. A decisão da corte revive três casos pendentes contra Berlusconi.

Em um deles, um advogado britânico já foi condenado por aceitar US$ 600 mil para proteger Berlusconi com falso testemunho em dois julgamentos por corrupção.

Em outro, o primeiro-ministro – que também é um dos homens mais ricos da Itália - é acusado de fraude nos impostos em ligação com a expansão de seu império de mídia.

No terceiro e mais fraco dos casos, ele é acusado de tentar subornar membros do Parlamento para participarem de sua coalizão governante.

Os advogados de Berlusconi reclamaram que a necessidade do primeiro-ministro se defender será uma grande distração de suas responsabilidades.

No entanto, ele já parece gastar mais energia em questões controversas de sua vida particular do que com os imensos problemas da Itália, como anos de crescimento abaixo da média, corrupção e um déficit e dívida nacional que estão entre os maiores da Europa.

A Itália não pode passar outros anos sem direção, mas pode ainda menos deixar que a lei seja prejudicada para proteger um homem.

Não há sucessores óbvios na coalizão de centro-direita de Berlusconi, ou na dividida e desmoralizada centro-esquerda incapaz de se unir em torno de uma visão, um líder ou um programa.

Esta não é uma situação aceitável para a Itália ou para a Europa.

A era Berlusconi já foi longe demais, com poucas conquistas positivas. Chegou a hora de ambas coalizões desenvolverem uma nova geração de líderes mais construtivos e competentes para apresentar aos eleitores.

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